Pedro Passos Coelho anda em campanha. E como anda em campanha, prefere fazer campanha entre os seus, com propostas para os seus, para ninguém ficar melindrado nesse partido da união que é o PSD.
Hoje veio justificar a flexibilidade dos empregos e dos trabalhos. E depois diz que o problema não é das pessoas. Claro! Basta olhar para a sua vida profissional para ver que a flexibilidade existe. Enquanto Ângelo Correia andar a tapar os buracos nas suas empresas, onde tem Passos Coelho como administrador numa data delas, o problema fica resolvido.
Aliás, os políticos lidam bem com a flexibilidade. Num dia são ministros ou deputados, e no outro já são administradores públicos ou público-privados ou então mantém-se no sistema com o seu conjunto de ligações mais do que tudo muito confusas.
Passos Coelho não tem problemas com a flexibilidade, mas com a forma de chegar perto dos militantes e assim, consegue ainda manter alguma réstia nesta legislatura perdida.
Paulo Portas continua na sua senda populista. Decidiu que os deliquentes são os que usam o Rendimento Mínimo Garantido e não pode ser. Nem os deliquentes, e já agora, também podem ser os ciganos e os pretos, que é tudo a mesma coisa.
O verdadeiro deliquente é mesmo ele, Paulo Portas. Porque consegue colocar tudo no mesmo saco, incitando ao populismo tão grave como intelectualmente desonesto, incorrendo em estéreotipos que permitem a reacção da população a adoptar as mesmas regras.
Paulo Portas não sabe e pega nas notícias dos jornais para fazer política. Bem sabemos que é jornalista, mas não é preciso ajudar assim tanto os amigos que o vão amparando nos mais diversos favores.
Cavaco Silva disse hoje que é preciso aumentar a produção nacional. O sr. Silva esquece-se rapidamente dos dez anos em que esteve no poder e que contribuiu para o descréscimo e desmantelamento da produção nacional. Exemplos não faltam e podem ser facilmente pesquisados. Mas a febre da pré-campanha e o medo de haver outro candidato presidencial faz o sr. SIlva tomar certo tipo de declarações que até parece um candidato a sério. A rábula das férias (como se fosse um promotor do Turismo de Portugal) ou a fome das crianças (como se fosse o Dalai Lama) são exemplos claros de que a senilidade está bem mais perto do que esperávamos...
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