quarta-feira, 30 de junho de 2010

Interpol - Lights

O Futebol e a Nação

O que é que o desaire de ontem da Selecção e respectivas reacções têm a ver com o resto do país? Tudo!

Carlos Queiroz foi defrontar a Espanha com medo. Jogando atrás, explorando o contra-ataque, dando a iniciativa ao adversário. O país faz o mesmo: joga sempre atrás, não toma a iniciativa e explora alguns pontos para tentar ser melhor que o adversário usando uns golpinhos aqui e ali.

Cristiano Ronaldo no fim disse para falarem com o Queiroz. 30 minutos depois, lançava um comunicado a dizer que tinha sido incompreendido. O país é assim. A culpa nunca é de ninguém e responsabiliza-se sempre alguém. Para depois se vir com a desculpa de que não era bem assim.

O resto da equipa diz que somos uma equipa e saímos fortalecidos, mas os egos individuais continuam sempre a mandar. Portugal também é assim. Somos pequeninos para os egos que existem por cá. Dizemos sempre que funcionamos em equipa, mas o ego não deixa, porque queremos que seja o individual a ganhar.

Hoje, já se tentam procurar os responsáveis pela campanha no Mundial e as teorias começam a aparecer. E é nisto que o país é pródigo. Consegue inventar boatos e mexericos como ninguém. Somos ases nessa matéria. E continuamos a criá-los, querendo meter o nariz na porta da vizinha ou ver o que se faz no prédio ao lado.

E com isto, Portugal foi eliminado e o estado de transe por que passou neste último mês e meio acabou. Voltamos à realidade dura e crua dos chips, da crise, da PT e da Vivo, do desemprego e do que falta.

Pode ser que as férias e o Benfica resolvam aparecer e deixar o país mais um bocadinho em transe. Aí até ao Natal...

sábado, 26 de junho de 2010

Para disfrutar

Mau era o de Berlim


Israel / Palestina




EUA / México

O que dá uma boa reportagem

Gosto muito do i à sexta-feira, especialmente porque traz o caderno do iReportagem, com exclusivos do New York Times. Jeffrey Gettleman é o homem de serviço que nos traz novidades de África e as escreve no site do jornal, sem censura ou retoques de escrita. Esta semana, o título é "As crianças que carregam armas para o governo apoiado pelos Estados Unidos", que foi escrito em 13 de Junho, mas que com a devida tradução, só foi possível lê-lo ontem. A versão original está disponível, mas eu gostava muito de reter alguns parágrafos.

"(...) Awil destaca-se de duas formas notáveis: está a transportar ao ombro uma metralhadora Kalashnikov totalmente automática e totalmente carregada; e está a trabalhar para um Exército que é substancialmente armado e financiado pelos Estados Unidos."

"Mas Awil não é um rebelde. Ele está a trabalhar para o Governo Federal Transitório da Somália, uma peça fulcral da estratégia antiterrorista norte-americana no Corno de África."

"Segundo a UNICEF, apenas dois países não ratificaram a Convenção sobre os Direitos da Criança, que proíbe o recrutamento de soldados menores de 15 anos: os Estados Unidos e a Somália."

"Conselheiros norte-americanos têm vindo a ajudar a supervisionar, no Uganda, o treino dos soldados do Exército governamental da Somália."

" "Já perdi a esperança", disse o xeque Yusuf Mohamed Siad, o ministro da Defesa, que, na semana passada, se demitiu subitamente, tal como vários outros ministros. " Todo este treino internacional é apenas treino de soldados para a Shabab". acrescentou, referindo que as demissões aumentaram. "Pergunte ao presidente o que foi que ele conseguiu alcançar no ano passado", desafia Mohamed Siad, rindo. "Nada. Absolutamente nada!" "

Todo o folclore mediático que nos vai rodeando interessa-se por todo o tipo de notícias, menos esta. Esta é para uma Grande Reportagem, mas num dia onde não haja mais nada do que fazer, porque as redes sociais e as pessoas sozinhas em casa é que interessam. Todos os outros interesses ficam de fora. Não dão números...

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Um mundo à parte

O nosso Primeiro-Ministro foi à Assembleia da República para o habitual debate com a oposição sobre o estado do país. E para variar, o nosso Primeiro-Ministro deve viver noutro país que não seja o nosso. Só pode. E em cada debate, o Governo apresenta sempre uma proposta que na prática depois não se vai resolver. São apoios daqui, são apoios dali, que depois na prática não passam de palavras vãs de esperança para quem a vai perder depois...

E no meio da discussão, Paulo Portas teve tempo para criticar uma lei que foi aprovada no seu tempo sobre criminalidade, Miguel Macedo falou sobre o QREN, Louçã falou sobre Amado e o PCP e o PEV foram os únicos a tocar no assunto SCUT.

E é a falar de SCUT que o nosso Primeiro-Ministro tem a seguinte frase: "A SCUT tem características geométricas diferentes das AE's". Características geométricas? Quais? O nosso primeiro-ministro diz que as características geométricas têm a ver com mais saídas nas SCUT do que nas AE. Para quem teve um brilhante Inglês Técnico e é um extraordinário engenheiro, a resposta foi a esperada.

De tudo vale para enganar, para falsificar, para tornear. Nem com a Comissão Nacional de Protecção de Dados a cismar sobre a legalidade dos chips e da informação neles inserida. Nem com o facto de nos impôr a obrigatoridade de termos de comprar produtos a empresas privadas.

Realmente, José Sócrates está num país à parte...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Zelig

Influenciado por esta crónica do António Pires no i, decidi ir à procura dos Zelig, uma banda do Porto, onde um dos elementos dá pelo nome de Peixe, ex-guitarrista dos Ornatos Violeta.
Fiquei curioso com esta frase: "O álbum “Joyce Alive”, dos Zelig (projecto de Peixe, ex-Ornatos Violeta, acompanhado por músicos do mesmo universo oriundos dos Pluto e Foge Foge Bandido), onde se podem ouvir bandas-sonoras imaginárias que tanto podem estar próximas de John Zorn como de Frank Zappa ou de Martin Denny em ácidos. E “Rondas”, de Samuel Jerónimo, que aqui prova mais uma vez – e com imenso talento – que o rock progressivo não é coisa do passado."

De pesquisa em pesquisa, ainda não consegui encontrar o álbum, mas fica aqui um vídeo, que também está no My Space da banda. Enjoy it!


pang pong

ZELIG's first album OUT NOW! | MySpace Music Videos

O dia-a-dia

PSD e Governo PS são cada vez mais amigos, e ao mesmo tempo, mostram bem porque é que deixaram o país chegar onde chegou. O último exemplo são as SCUT.
Quem as utiliza regularmente, sabe que aquelas vias de comunicação são vitais para as áreas onde estão. A intenção das mesmas seria a de criar investimento, aumentar a competitividade e criação de empresas em zonas ou regiões que estão a ser desfavorecidas, não se sabe bem a interessar a quem.
Costumo dar sempre o exemplo da A23, que desenvolveu em parte a zona de Castelo Branco e das Beiras, mas também poderia dar o exemplo de que as outras (A28 e A29) não tiveram o devido alcance que deveriam ter tido.

O problema de todos pagarem e continuarem a aumentar o espólio da Brisa é de uma vontade atroz de prejudicar quem mora ou beneficia das SCUT.

Interessante também o papel do PSD, que num dia esgravata tudo o que há para esgravatar do pouco que há do Governo PS, para no dia seguinte se sentar à mesma mesa, sempre a bem do interesse nacional. Interesse dos mesmos de sempre.

A palhaçada continua e nós continuamos a assobiar para o lado, como se nada fosse. O sol agora sim, está aí e Portugal deu 7 à Coreia do Norte e vai ser Campeão do Mundo outra vez...

domingo, 20 de junho de 2010

Mundial..Funeral...Funeral...Mundial

E assim foi o nosso fim-de-semana tipicamente português, alternado entre a tragédia e o futebol, quando vemos que a nossa televisão se preocupa com os números, esses sinais dignos de quem nos tenta educar.

Porque a TV também deveria servir para isso: ensinar. Mas não faz mais do que estupidifcar e abrutalhar a nossa sociedade num caldo difícil de lhe tomar o sabor.

As alternativas estão no cabo, mas nem todos têm acesso ao que se vai passando por Meo's e Zon's, porque continua a pagar a taxa do audiovisual para permitir à RTP amealhar prejuízos atrás de prejuízos.

Comecemos pelo funeral e pelo rol de personagens, figuras e figurinhas que passaram pelos Paços do Concelho para homenagearem o único Nobel literário que tínhamos. Continuamos a tê-lo, agora sob a forma de livro e ainda sem se saber por onde andarão as cinzas (agora sim, o verdadeiro tema nacional).

Até quiseram ver como é que a pequena Azinhaga do Ribatejo, ali a 7 kms da Golegã, se sentia. E vimos como se sentia: com um copinho a mais, a ver a bola no café e preocupado com as cinzas. Mas não era muito importante. O mais importante era mesmo o vinho.

E o Mundial? Essa competição que nos remete para a nossa mais pequena existência e que queremos conquistar. Sim, porque somos os "Navegantes" na busca de algo novo, nem que seja uma derrota frente à Coreia do Norte, que é uma coisa que ainda não temos. Temos um Seleccionador que vive mais para a Comunicação Social do que para o terreno de jogo. Temos um jogador que é considerado o melhor do Mundo e não marca um golo há 16 meses. Temos casos clínicos. E temos emigrantes, que contestam o facto dos jogadores não lhes acenarem, mas que no dia seguinte, estão a puxar a plenos pulmões pelo país. Porque somos assim! Gostamos de sofrer e de ver sofrer, e isso dá audiências, que é o mesmo que números. Esses mesmos que são sinais dignos de nos quererem educar...

sábado, 19 de junho de 2010

Mais uma voz que se cala

E parafraseando o mesmo, referindo ao nosso Presidente da República, intitulando-o o génio da banalidade, hoje de tudo e de todos se ouviu o pesar, as condolências, a perda de um símbolo de um país. Todos, não. O Sousa Lara continua com a mesma ideia e o Grupo Parlamentar do PSD também resolveu brincar, conforme atesta o blog do 31 da Sarrafada.

E é interessante ver que, apesar das brincadeiras, todos, da direita à esquerda, se mostraram sentidos com a morte do escritor. Eu vou ser muito claro. Saramago não me interessava. Não lia os livros dele, não partilhava muitas das suas ideias, mas era um Prémio Nobel, da área da cultura, e isso ainda me deixa com alguma simpatia pela pessoa.

Agora, nós estamos num país pequenino, e como pequeninos que somos, esquecemo-nos que fomos outrora grandes, e ficamos satisfeitos com pouco. Hoje será um rol de directos e jornalistas e aviões e cerimónias de Estado para "homenagear" um escritor, como ele gostava de ser chamado. Não irá ser respeitada a natural dor de quem estava mais próximo dele, porque o aberrante protocolo de Estado assim o exige. E enquanto não tivermos mais nenhum caso na Selecção em terra de tormenta, Saramago ditará as leis.

E irão os anónimos chorar para a Câmara Municipal de Lisboa, e irão aqueles, que no mais privado dos seus recantos, vocifaram contra ele, e irão todos atrás da matilha, como se ainda houvesse algo mais para dizer no momento macabro de um velório.

Para mim, é mais uma voz que se cala nesta sociedade que ele próprio decidiu abandonar, porque aqueles que hoje o homenagearam, não tiveram a decência de o reconhecer antes de uns suecos. E assim, cumpre-se sempre o nosso triste fado: só conseguimos ser reconhecidos quando morremos, porque não queremos fazer parte dessa espécie que corrói e brutaliza a sociedade.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Uns valentões

- José Sócrates chegou a Bruxelas para o Conselho Europeu e disse logo que ele é que sabia. Ele e os amigos que nos colocaram nesta posição frágil em que somos falados por todo o Mundo. Disse logo que "Nós não precisamos de nenhuma ajuda. Nós sabemos exactamente o que temos de fazer", fazendo assim crer que somos fortes o suficiente para nos tirar da crise. Desde que não use o mais fácil dos discursos, aumentando os impostos, Sócrates está com uma grande moral...

- Carlos Queiroz também não tem problemas nenhuns. Afinal, a Espanha acabou por perder e com sorte ainda apanhamos um Chile ou uma Suíça, se ganharmos os nossos jogos. É impressionante a capacidade que o Seleccionador Nacional tem de arranjar desculpas (o vento, a chuva, o relvado, a protecção do Drogba, o problema léxico do Deco, etc, etc) e mais impressionante ainda o facto dos séquitos que o acompanham não terem um pingo de vergonha para denunciar o que de mal tem sido feito. O único que o fez, levou uns sopapos no Aeroporto...

- Entretanto, o PS quer que a Comissão da PT/TVI fale a verdade. E o que é falar a verdade? José Sócrates não sabia de nada. Ele que é primeiro-ministro de Portugal e que detém uma golden share na empresa. E quem foi mandatado para dizer isso? Ricardo Rodrigues, o tal deputado para quem roubar uns gravadores é um acto único e honesto...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Novo Layout

Usando o Blogger Template Design. Creio que ficou mais engraçado. Mas isso sou eu, que sou esquisito...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O Gabriel Alves que existe dentro de mim

Comecei com 12 anos a tomar maior atenção aos Mundias de Futebol. E com isso, apanhei o Itália 90, que nos apresentou um Toto Schilacci que mais ninguém ouviu falar, um Baggio a despontar (o Roberto) e um Maradona que estava proibido de voltar a ganhar, apesar de continuar a ser o maior. Estava no Alentejo de férias, em casa dos meus avós, como na maioria dos Mundiais até ao início da década primeira do século XXI. E nesse Mundial, a Alemanha era a equipa que mais gostava. Talvez porque tivesse muitos louros, e como era muito louro na altura, revia-me nos Brehmes, Klinsmaans e afins. E tinha tomado parte do vencedor, numa final explicada anos depois, bem ao jeito da FIFA, em que tudo foi feito para que Maradona não tivesse de sair de Itália uma vez mais vencedor.

Em 1994, Alentejo outra vez, mas os horários bem mais marados para podermos ver o que queríamos. A realidade era outra, o conhecimento também e por isso, quando comecei a ver os jogos a escolha era óbvia. Uma frente de ataque com Maradona, Caniggia e Batistuta era mais do que suficiente para levantar a Taça. Mas como o astro argentino estava a incomodar (ainda por cima com uma mancha dourada na cabeça), lá o sonho foi desfeito outra vez. O Brasil ganhou, porque tinha a melhor equipa e o melhor jogador na altura, em competição: Romário. A Nigéria, a Bulgária e o Michel Preud'Homme também me encheram as medidas nesse ano de 1994.

Em 1998, França era claramente a favorita a ganhar. Jogava em casa e tinha Zidane. Foi o suficiente para o que se viu.

E quer em 98 como em 2002, se viu que a FIFA mostrava à descarada o que era o negócio do futebol. Tinha de haver determinadas equipas contentes, assim como os próprios países que organizavam, para que a loucura do Mundial não se perdesse.

Há quatro anos, tive a possibilidade de ir à Alemanha trabalhar no Mundial e ver jogos da competição. A loucura com a Selecção de Portugal, um espírito alemão completamente diferente do que nos é passado e a organização do país fez com que o Mundial de 2006 fosse uma verdadeira festa.

Este ano, confesso que (e estando por cá), a loucura pelo Mundial é demasiado exagerada e parece que não temos remédio do que sermos campeões do Mundo. Esquecemo-nos por vezes, que estão lá 32 equipas que querem o mesmo e por isso, a ideia que se passa para o exterior é a mais errada que se pode ter. Vou tentar acompanhar o Mundial com o gosto que tenho do futebol, mas preferirei olhá-lo como o futebol deve ser visto: como um jogo. E nesse jogo jogado, Portugal não terá grandes hipóteses.

Os estádios bonitos, modernos e arejados que pululam na África do Sul coroarão outro país.

Eles estão de volta



Para além da actuação, também estão disponíveis aqui: Soundgarden World

Tão longe e tão perto

Esta semana fui brindado por um dos leitores deste blog com um livro intitulado "Contestasam" de 1974, que reúne vários cartoons de Sam publicados no decurso de 1973 e princípios de 1974 no "Expresso", "Seara Nova" e "Jornal do Fundão". Também contém muitos desenhos, que a malvada censura não deixou publicar e que estão devidamente assinalados com um asterisco. Muitos mesmo.

O livro foi encontrado num alfarrabista em Coimbra e é uma prenda que me deixa obviamente contente pelo cariz e pelo significado da mesma. Sam editou o livro em Maio de 1974 com uma frase inquietante: "1974 vai ser melhor. Muito melhor. Um ano de invenção."

Serve a introdução para tentar ilustrar um dos cartoons intitulado "Prestígio", que na altura não tinha sido alvo da censura e que consistia em dois homens bem vestidos, em que um dizia para o outro:" Sou administrador de três companhias e pertenço ao conselho fiscal de quatro. Mas o que me dá prestígio é não fazer nada!!"

Em 1973, já se pensava assim num país à beira de uma mudança. Quase 40 anos depois, o que mudou?

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A definição dos critérios

15h00 - Agendamento Potestativo do PCP na Assembleia da República:

"No uso do direito de agendamento potestativo, o Grupo Parlamentar do PCP fixa a ordem do dia desta Sessão Plenária com os seguintes diplomas:
Projecto de Lei n.º 301/XI/1.ª (PCP) - Cria um novo imposto sobre operações realizadas no mercado de valores mobiliários e sobre certas transferências financeiras para o exterior;
Projecto de Lei n.º 302/XI/1.ª (PCP) - Determina a aplicação extraordinária de uma taxa efectiva de IRS de 25% ao sector bancário, financeiro e grandes grupos económicos. Elimina os benefícios fiscais concedidos ao sector bancário e financeiro com actividade na Zona Franca da Madeira;
Projecto de Lei n.º 303/XI/1.ª (PCP) - Altera os Códigos do Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), o Código do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), o Código do Imposto sobre Veículos (ISV) e o Código do Imposto Único de Circulação (IUC), visando tributar de forma extraordinária o património, introduzir maior justiça fiscal e permitir maior equidade na distribuição de rendimentos;
Projecto de Lei n.º 304/XI/1.ª (PCP) - Revoga os benefícios fiscais concedidos a PPRs – Planos de Poupança Reforma – e ao regime público de capitalização. Procede a alterações ao Estatuto dos Benefícios Fiscais, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 215/89, de 1 de Julho, e republicado pelo Decreto-Lei n.º 108/2008, de 26 de Junho (Quinta alteração ao Decreto-Lei n.º 108/2008, de 26 de Junho).
"

Começo a fazer a pesquisa nos canais de TV e só por volta das 15h10, 15h15 Honório Novo começa a falar. Canal óbvio: SIC Notícias. Ouve-se cerca de 5 minutos e é o "suficiente" (palavras ditas pela repórter) para sabermos quais as propostas do PCP. Acaba o jornal das 15 com a promessa de se voltar à AR nos seguintes noticiários da hora. Passamos para a RTP N e Honório Novo continua a falar. Quando acaba o discurso, o canal utiliza o mesmo discurso da SIC Notícias e remete-nos para os noticiários de hora a hora.

Os critérios utilizados podem ser argumentados de qualquer forma, desde que estruturada. A SIC Notícias optou por dar o Golf Report e a RTP N as "Notícias do Atlântico", usando as redacções dos Açores e da Madeira para as notícias.

Tento vasculhar o site da AR. Emissões em Directo. Não consigo ligação para ouvir o debate na generalidade.

Tenho de me render às evidências. O PCP é o 5º partido e as propostas mexem com muita gente com muito poder em Portugal e por isso, o 4º Poder opta por dar preferência ao 1º. É o que temos e é o que nos espera. A nós todos. Pagarmos os erros dos outros. Sempre os mesmos. Os de sempre...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sem acordo

Ontem houve uma manifestação no Palácio da Ajuda contra o novo Acordo Ortográfico. Certamente, não houve muita informação porque só estiveram três pessoas e o repórter da Lusa para recolher as informações e depois as TV's, jornais e rádios divulgarem consoante lhes apetece melhor.

Parece que o novo Acordo Ortográfico nos vai tornar mais "Brasileiros" do que "Portugueses", mas também que diferença é que faz?

Já só gostamos do Sol, não gostamos de fazer nenhum e já existem muitos descendentes de brasileiros e brasileiras em Portugal o suficiente para não se notar a diferença.

Daí que brevemente, o fato é não sabermos se se refere ao de vestir ou ao acontecimento, e uma simples rutura no cano da água não terá o mesmo efeito que tinha há uns tempos atrás.

Eu vou continuar por enquanto a escrever como aprendi (também não consegui passar directamente do 8º para o 10º Ano), portanto o meu acordo pelo Acordo Ortográfico ainda está em negociações...

O Rapidshare é um espectáculo



Tame Impala - Solitude is Bliss



Blitzen Trapper - Furr



Wild Nothing - Summer Holiday

domingo, 6 de junho de 2010

Non..ou a Vã Glória de Mandar

Pedro Passos Coelho anda em campanha. E como anda em campanha, prefere fazer campanha entre os seus, com propostas para os seus, para ninguém ficar melindrado nesse partido da união que é o PSD.
Hoje veio justificar a flexibilidade dos empregos e dos trabalhos. E depois diz que o problema não é das pessoas. Claro! Basta olhar para a sua vida profissional para ver que a flexibilidade existe. Enquanto Ângelo Correia andar a tapar os buracos nas suas empresas, onde tem Passos Coelho como administrador numa data delas, o problema fica resolvido.
Aliás, os políticos lidam bem com a flexibilidade. Num dia são ministros ou deputados, e no outro já são administradores públicos ou público-privados ou então mantém-se no sistema com o seu conjunto de ligações mais do que tudo muito confusas.
Passos Coelho não tem problemas com a flexibilidade, mas com a forma de chegar perto dos militantes e assim, consegue ainda manter alguma réstia nesta legislatura perdida.

Paulo Portas continua na sua senda populista. Decidiu que os deliquentes são os que usam o Rendimento Mínimo Garantido e não pode ser. Nem os deliquentes, e já agora, também podem ser os ciganos e os pretos, que é tudo a mesma coisa.
O verdadeiro deliquente é mesmo ele, Paulo Portas. Porque consegue colocar tudo no mesmo saco, incitando ao populismo tão grave como intelectualmente desonesto, incorrendo em estéreotipos que permitem a reacção da população a adoptar as mesmas regras.
Paulo Portas não sabe e pega nas notícias dos jornais para fazer política. Bem sabemos que é jornalista, mas não é preciso ajudar assim tanto os amigos que o vão amparando nos mais diversos favores.

Cavaco Silva disse hoje que é preciso aumentar a produção nacional. O sr. Silva esquece-se rapidamente dos dez anos em que esteve no poder e que contribuiu para o descréscimo e desmantelamento da produção nacional. Exemplos não faltam e podem ser facilmente pesquisados. Mas a febre da pré-campanha e o medo de haver outro candidato presidencial faz o sr. SIlva tomar certo tipo de declarações que até parece um candidato a sério. A rábula das férias (como se fosse um promotor do Turismo de Portugal) ou a fome das crianças (como se fosse o Dalai Lama) são exemplos claros de que a senilidade está bem mais perto do que esperávamos...

A Escola do sr. Sócrates

Lembro-me perfeitamente como se fosse hoje. Estávamos em 2001, e eu estava a trabalhar num documentário para o Canal Odisseia sobre o Alqueva chamado "Contrastes", que consistia em apresentar as duas facetas do que é que a Barragem iria alterar fisica e socialmente na região.
Havia espaço para todos. Para os que eram a favor e para os que eram contra. E no périplo pela região tive de ir várias vezes à antiga Aldeia da Luz.
Nessa altura, a escola primária existente era uma das que têm aparecido esta semana nas fotografias como sendo as escolas da altura do Salazar. E também havia professores, mais concretamente dois. Que tinham de leccionar para os diferentes quatro anos de escolariedade.
Na altura, no processo de mudança para a nova aldeia, as condições seriam desmesuradamente melhores, porque a EDIA tinha de satisfazer todos os pedidos da Aldeia da Luz. E a escola que seria nova, iria ter menos alunos, porque os que estavam no 4º Ano iriam para Mourão e porque o Alentejo continuava a desertificar-se como tem vindo nos últimos anos.
A dezena de crianças que frequentava a escola estava feliz. Estava perto de casa. Não tinha de fazer os oito quilómetros que as separava da vila mais próxima e com o "centro educativo" (palavra bonita para escola) mais perto.

O problema que se passava em 2001 continua a passar-se em 2010. A Ministra, educadamente, consegue justificar que as vias de comunicação estão melhores, mas gostava que tivesse tido a decência de perguntar às pessoas se estão na disposição de contribuir (elas próprias) para a desertificação do país e para o constante encerramento de escolas, limitando inclusivé a admissão de mais professores para leccionarem o seu trabalho.

O que é criminoso, para o sr. Sócrates, era manter as escolas abertas. Porque custam dinheiro. Os assessores também. E os tachos dos amigos para os cargos públicos também. E já agora, a frota automóvel dos ministérios que de dois em dois anos é renovada. Cortar onde é mais fácil eu também corto. Mas o futuro por si só, já está ameaçado.

Se querem tornar o interior na terra dos senhores de outrora, podiam já ter dito. Escusavam de nos ter dado este espectáculo degradante.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Descubra as diferenças

O PEV (Partido Ecologista "Os Verdes") tem a fama e também algum proveito em andar quase sempre junto ao PCP. É uma verdade indesmentível, já que como concorre em coligação, é natural que haja sempre essa associação.

No entanto, e se formos à webpage do Partido, notamos que a actividade efectuada pelo mesmo até é bastante, propondo ideias, apresentando propostas e mostrando no fundo, que está na Assembleia da República para trabalhar, ao contrário de outros.

Serve por isso o presente post para chamar a atenção de um projecto-lei do dia 27 de Maio em que Os Verdes em que estes defendem que o Governo e o Parlamento subscrevam os princípios da Carta da Terra, com a seguinte declaração: "“Os Verdes” pretendem que a Assembleia da República expresse a sua adesão aos princípios da Carta da Terra e apele à Assembleia Geral das Nações Unidas para que esta assuma uma posição de apoio formal à Carta da Terra, enquanto instrumento internacional unificador quanto ao ambiente e ao desenvolvimento sustentável".

Hoje, n'O Público, o BE , imbuído da sua grande fé propagandista de partido com ideais próprios que mais ninguém percebe, "questionou" o Ministério do Ambiente pelo incumprimento da estratégia para conservação e biodiversidade.

Como é fácil de ver e de comprovar, o BE continua a andar a reboque do PCP. O problema é que o BE escuda-se nos amigos da imprensa e consegue passar o mesmo tipo de mensagens do PCP. Até quando?

29º em Lisboa