domingo, 30 de maio de 2010

Um sapo difícil de engolir

O PS decidiu dar o apoio a Manuel Alegre para a Presidência da República. É um bom sinal! Nem Alegre amua, nem o PS necessita de uma guerra interna.

Já a tem. E já a tem, porque houve votos contra. Obviamente que a pluralidade de ideias é o argumento mais fácil, mas mesmo assim, as vozes discordantes continuam lá e isso não é benéfico.

José Sócrates, na sua pose altiva e mentirosa de sempre, diz que a candidatura de Alegre é uma "candidatura que honra o País". O problema é que há cinco anos não honrava e o clã Soares mandou mais alto. Talvez por o velho Mário estar mais velho e caquético, tenha-se conseguido convencer o clã a optar pelo poeta, mas mesmo assim, como em tudo na vida, há-de haver contrapartidas.

Já Manuel Alegre agora não amua como amuava com o seu partidozinho. Já tem o apoio oficial, já tem Sócrates ao lado e por isso, tudo o que envolva o seu PS não pode criticar, façam ou não aquilo que têm feito. Mas acima de tudo, Alegre fica agora com o peso das políticas anti-sociais que os que o apoiam têm feito. E isso é um fardo pesado de carregar.

Também tem a sua piada ver que quer o PS, quer o BE andam agora de mãos dadas. Gostaria de ver Sócrates e Louçã juntinhos e agarrados numa manifestação de campanha, para finalmente vermos quem é que são os paladinos da verdade nesta podre sociedade política portuguesa...

2 comentários:

XPTO disse...

E os 'comunas', não?!
Lá terás que engolir mais um sapo, se o Alegre conseguir a 2ª volta.

Fúria dos Dias disse...

Meu caro XPTO,

Mesmo os "comunas", há sempre aqueles que não precisam de seguir a cartilha para se guiarem na sua vida e nas suas ideias. Eu sou um deles.

Além disso, quem pensar que Alegre consegue ir a uma segunda volta, só mesmo se a direita não quiser Cavaco, e isso acho um pouco improvável.

Independentemente de tudo, até sou capaz de dizer (mesmo não sabendo quem é o candidato do PCP), que talvez sejam as eleições em que vou votar em branco.

Nenhum dos candidatos satisfaz a minha ideia do que é ser um Presidente da República devido a uma simples palavra que faz toda a diferença: coerência.