Ricardo Rodrigues até nem era muito conhecido nos círculos sociais, sem ser pelo sotaque micaelense que apresenta, sempre que fala na TV ou na AR.
Contudo, ontem ficou bem conhecido porque tirou dois gravadores a dois jornalistas que lhe estavam a fazer uma entrevista. Não estava a gostar do tom e reagiu a quente, segundo as palavras do próprio. E por reagir a quente e ter tirado dois gravadores a jornalistas, reagiu ontem, a frio, na AR, com o apoio inequívoco do líder parlamentar do PS.
O ainda vice-presidente do Grupo Parlamentar do partido do Governo continuou o discurso da ladaínha, do desgraçado que não pode ser incomodado e que tem o direito de roubar o que não lhe pertence. Tudo isto, com o beneplácito do Governo e de quem os rodeia.
Chegámos ao ponto de não-retorno da vergonha. Primeiro-ministro, Ministros, Secretários de Estado, Vice-Presidentes de Grupos Parlamentares. Tudo tem ou teve um caso onde a moral e a ética não jogam para o mesmo lado. E isso é grave, num país que pretende ainda ter algum do pouco respeito que tem de si próprio.
O poder de exercer não é igual ao poder de exigir e aí, esses meninos que foram eleitos para representar a Sociedade têm de saber comportar-se como tal. Senão, o insulto pode virar o bico ao prego...
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