Disse Alberto João Jardim na gala que a SIC transmitiu hoje sobre a Madeira.
E Portugal continua a gostar da tragédia. Pensa sempre que o mal é uma característica própria nossa e que a nós, só a nós nos diz respeito.
São as cheias, é o vento forte com rajadas, são os caudais dos rios que sobem, são as estradas alagadas. Tudo serve de desculpa para se falar de mau planeamento e ordenamento do território. Tudo serve para colocarmos umas capas e agradarmos.
E por isso, a tragédia que se viveu na Madeira, fruto de muitas condicionantes, para além do tempo, serviu agora também para mostrar que as pessoas estão e estiveram unidas para salvarem a sua sobrevivência. Porque é disso que se trata. De sobrevivência.
E lá vamos nós, ligando para as figuras públicas nos atenderem e responderem, contribuindo para não se sabe onde e com que resultados.
Depois da Madeira, virão as escutas e o Primeiro-Ministro, acompanhados das eleições folclóricas do PSD, onde quem falar mais alto, ganhará. Muitos defendem que é a diversidade de opiniões. Eu defendo que a diversidade de opiniões não contribui para o esclarecimento, porque depois dos resultados, é cada um para seu lado.
Portugal é isto: o circo total e completo, onde nós somos os palhaços finais...
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