segunda-feira, 8 de março de 2010

89 Anos (II)

A análise ao aniversário do Partido era para ser feita depois, mas o Twitter faz com que tenhamos de em mais de 140 caracteres explicar o que nos vai na alma e o que sentimos quando falamos em PCP e na sua visão.

A discussão "twitteana" começou porque o PCP disse mais uma vez que "as políticas de direita" são responsáveis pela discriminação das mulheres. As políticas de direita são responsáveis por muitas coisas, porque apesar de um partido se chamar Socialista e ter estado e está no poder, não quer dizer que o pratique da forma mais digna para as pessoas.

As pessoas, e não só os trabalhadores, os operários, as mulheres, os oprimidos e tantos outros adjectivos e profissões que poderiam ser dados e que podem ser substituídos pela palavra "pessoas".

E é para o bem-estar das pessoas que o PCP tem de estar virado. Nas autarquias, na AR e nos meios que possibilitam chegar às pessoas. Muitas vezes se fala do BE, que com as suas teorias dogmáticas chega aos órgãos de comunicação social. Pois bem, é aí que deve ser feita a chegada da mensagem, de preferência com uma clarificação do discurso.

Apostar sempre no mesmo tipo de discurso (políticas de direita, direitos dos trabalhadores, dos operários, dos reformados) é fazer com que não haja "vontade" quer dos OCS, quer das pessoas de ouvir o PCP.

Se isso implicar um esforço suplementar para que o PCP seja escutado, ouvido e divulgado como tem sido o BE, que se faça. Quantos esforços se fez para que o Partido passasse a palavra da luta e se fizesse ouvir em determinadas situações?

O que não se pode pedir é que quando criticamos o tipo de discurso, sejamos logo contra-corrente, porque assim a discussão não será proveitosa para nenhum dos lados.

Um bom exemplo pode ser este PEC vergonhoso que o Partido Socialista se apresta para fazer passar com a conivência do PSD e do CDS-PP. A esta hora (16:13), o PCP ainda não fez uma declaração sobre o que representa este PEC para as pessoas. As pessoas que trabalham dia-a-dia na esperança de sobreviverem, mediante as maiores adversidades que lhes são colocadas.

Acabo com um exemplo muito claro. As pessoas, hoje em dia, não gostam da política. Sentem-se enganadas pelos políticos e de todos os quadrantes. Um bom exemplo que o Partido deve fazer é explicar às pessoas, através das mais diversas formas, o que tem feito, seja na TV, na rádio, no Facebook, no Twitter, onde calhar...Interessa é que se passe a mensagem que é com o PCP que podem contar para resolver os seus problemas e não com a crítica às "políticas de direita"...

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