segunda-feira, 8 de março de 2010

PErChé? (Porquê?)

O controlo das contas públicas deste PEC vai ter o resultado prático que os últimos anos nos têm mostrado. São sempre os mesmos que o vão pagar, mas sobretudo, sustentar.

De acordo com o Diário Económico, em termos de despesa temos:

- TGV adiado nas linhas Lisboa/Porto e Porto/Vigo (O que por si só aumenta ainda mais o fosso entre Norte e Sul como regiões desenvolvidas. O estímulo económico que poderia vir do TGV, do qual tenho muitas dúvidas, não será abrangente)
- Corte no Investimento Público (ainda hoje li um mail que me enviaram sobre o uso da produção nacional, a qual afectaria positivamente todos os sectores, portanto, corta-se no investimento público, que é melhor...)
- Salários Congelados (como é óbvio, os da Função Pública, esses malandros. Os bancos e os gestores públicos não são contemplados, apenas aqueles que se conseguem manter vivos por 500 Euros por mês...)
- Apoios à economia retirados (como por ex. alargamento do subsídio de desemprego e subsídio de contratação de jovens, acções anunciadas com pompa e circunstância pelo mestre de cerimónias que é José Sócrates e pelos seus séquitos acólitos. Mais uma vez, palavras da boca para fora sem sentido prático para o país...)

Nas receitas, o panorama é semelhante:
- Novo escalão do IRS (o Governo cria um escalão de 45% para pessoas que declarem rendimentos anuais superiores a 150 mil euros. Pedro Sousa Pereira disse há pouco na RTP N que existem milhares de portugueses que declaram 150 mil euros por ano. Eu gostava que ele me dissesse quais...)
- Tributação das mais-valias da bolsa (onde existe mais uma taxa, neste caso de 20%. E se existe mais uma taxa, significa mais um imposto. Encapotado é certo, mas imposto)
- Privatizações (onde se espera atingir 6 mil milhões de euros, um pouco mais de metade do que é suposto abater. Finalmente, o BES e outros terão novos horizontes para alargar os seus tentáculos)

Quanto à banca, nem uma palavra. Os mesmos de sempre que criam fortunas e fortunas não são atingidos.
Os cortes no investimento público, para dar lugar ao privado é exaltado.
Ou seja, nada de novo num governo que se diz socialista, mas que de social tem muito pouco...

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