sábado, 9 de outubro de 2010

A República que nos é deixada

Não tive tempo para comentar o que quer que fosse relacionado com a República. Nem o discurso de um amorfo Presidente da República, nem o discurso de um Primeiro-Ministro a prazo e cansado, nem sequer o espectáculo de meia-hora que a Comissão liderada por um banqueiro arranjou para entreter o séquito de deputados, deputadas, ex-Presidentes, Presidentes de Câmara e todos os outros títulos remanescentes, para além do habitual "povo" que gosta de espiolhar tudo e todos.

O que me permite escrever, e atendendo a tudo o que foi dito e escrito por ocasião do dia 5 é que na III República que atravessamos, o país continua a ter analfabetos (Como tinha em 1910), as diferenças entre litoral e interior continuam a agravar-se (como eram em 1910) e a esperança de uma vida condigna é uma incógnita (como era em 1910).

Cem anos depois, tudo parece continuar na mesma e sem sentido de evolução. Sem sentido prático de continuidade e de mudança. O que olhamos para uma República de 100 anos é ditadura, PREC's e sanções. De positivo, só conseguimos olhar para uma bola e para o nosso triste Fado, já que nem Fátima ou outra força exterior nos ajuda...

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