segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Um ingrato

Quando soube onde ele morava e quando conheci a humildade da mãe, pensava que o filho seria o produto final dessa humildade. Grande erro!

Desde cedo, com o seu ar altivo, prepotente e defensivo, o menino foi tratado com pinças, como se fosse um diamante prontinho a lapidar, como foi por um dos mestres dos mestres, Johan Cruyff.

Já antes, tinha dado um toque da sua "midesca" personalidade ao ter assinado por dois clubes italianos, tendo assim chegado à cidade condal. Anos mais tarde, voltou as costas a uma cidade que o adorava e lhe beijava os pés, trocando-a pela maior rival que possa haver. E certamente, nunca será perdoado, porque era um ídolo, ou pelo menos, as pessoas viam-no assim.

Fartou-se de Madrid, porque não jogava e experimentou Itália, acabando lá a carreira e esquecendo o clube que diz que tanto gosta. É agora director de relações internacionais. Um nome pomposo que lhe dá crédito e glamour, ou seja, tudo aquilo por que sempre ambicionou.

Na Selecção, foi capitão, líder e porta-voz. Foi também considerado o Melhor do Mundo. E Portugal sempre a seus pés, até que chegou o "piolhoso" da Madeira, que de carácter também deixa muito a desejar, o que veio a provocar o choque de egos.

Tenho dois exemplos com a personagem que mostram bem a sua capacidade de agradecer ao pequeno país que o viu nascer e vê nele uma espécie de "embaixador". Uma delas foi no recente jogo das estrelas que se disputou no Estádio da Luz. Foi-lhe pedida uma pequena presença num directo para uma estação portuguesa. Recusou, dizendo que naquele dia não dava entrevistas nenhumas. 1 hora depois, falava para a CNN.

Outro exemplo vem da Suíça, nos habituais sorteios europeus. Para os jornalistas portugueses, nem uma palavra. Para os estrangeiros, o habitual.

Luís Filipe Madeira Caeiro Figo, estás bem onde estás! Não te esqueças que não é como começa, mas sim como acaba...

A humildade e a gratidão não se adquirem de um dia para o outro!

Passe bem...