segunda-feira, 6 de setembro de 2010

A Festa

Não há dúvida que é uma organização que só está ao alcance de um Partido como o PCP. Também não há dúvida que outros partidos teriam dificuldades em fazer aquilo que o PCP faz na Festa.

O problema é quem lá vai e não percebe. E são muitos, que na sua típica aparição tuga que prezamos desatam a falar mal disto e daquilo, das condições que o recinto oferece, das pessoas que o frequentam e dos preços das refeições e do artesanato.

É impressionante que as pessoas que se deslocam a uma Festa cultural, popular, mas sobretudo política não consigam ter o discernimento de dizer que no Pavilhão Central (sim, aquele pavilhão grande mesmo no meio da Festa com panos brancos) se encontrava um dos estudos mais completos de como Portugal deixou de produzir e ao mesmo tempo apresenta algumas soluções que certamente satisfariam alguns incrédulos e pessimistas.

Para além disso, a oferta cultural ao nível de concertos, livros, discos, artesananto tem de ter um preço que só por ser a Festa do Avante tem de ter desconto. É de uma incoerência atroz e de uma desonestidade hedionda esse tipo de afirmação.

Assim como a crítica à comida. Dizer que há preços altos para quem lá vai comer e que se come em restaurantes por muito menos, só mesmo de má-fé com as pessoas que abdicam (pelo menos) de um fim-de-semana da sua vida, para servir quem quer conhecer e apreciar (?) a Festa.

Por isso é que não há Festa como esta. E por isso é que para o ano há mais. A 35ª.

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