João Aguardela deixou-nos este ano fisicamente, mas em espiríto, em canções e em qualidade ele continua por cá, e antecipando a homenagem que lhe vão fazer na próxima semana, foi criado um site onde é possível gravar para o nosso disco rígido e depois para o periférico que se quiser, os primeiros quatro álbuns do projecto Megafone.
Está tudo aqui.
Disfrutem!
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Curtas
- A tomada de posse dos Ministros já foi. Venha agora a dos Secretários de Estado, esses fantásticos quadros de segunda linha, que por razão política ou de falta de votos vão para Secretarias de Estado execer o cargo a "bem da Nação". Olhando para a lista vemos que existem muitos que continuam e muitos que chegam, não por mérito próprio, mas sim por mérito político. E isso explica muita coisa...
- Com a questão dos ministros resolvida, as televisões lembraram-se de que há uns meses atrás, a nossa brilhante Justiça decidiu devolver uma criança, que sempre viveu em Portugal, à sua mãe biológica, que está na Rússia e é mais conhecida por gostar de vodk do que educar a filha. Os ministros estão escolhidos, os secretários de estado também, então vamos à Rússia ver como anda a menina e entramos na teoria do choradinho para ver se pega e se "estupidificamos" mais um pouco as pessoas...
- Acabaram os Gato Fedorento e a SIC voltou ao terceiro lugar nas audiências globais dos dias. É impressionante como não é descoberto um antídoto que batalhe as novelas portuguesas da TVI ou os simplórios concursos da estação pública. A SIC ainda não percebeu o que se passa e assim pode ter sentido ouvir-se falar em novas "remodelações"...
- Com a questão dos ministros resolvida, as televisões lembraram-se de que há uns meses atrás, a nossa brilhante Justiça decidiu devolver uma criança, que sempre viveu em Portugal, à sua mãe biológica, que está na Rússia e é mais conhecida por gostar de vodk do que educar a filha. Os ministros estão escolhidos, os secretários de estado também, então vamos à Rússia ver como anda a menina e entramos na teoria do choradinho para ver se pega e se "estupidificamos" mais um pouco as pessoas...
- Acabaram os Gato Fedorento e a SIC voltou ao terceiro lugar nas audiências globais dos dias. É impressionante como não é descoberto um antídoto que batalhe as novelas portuguesas da TVI ou os simplórios concursos da estação pública. A SIC ainda não percebeu o que se passa e assim pode ter sentido ouvir-se falar em novas "remodelações"...
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Às terças há um vereador do Porto que assume o pelouro do atendimento
Notícia i:
"Era para falar com o vereador Rui Sá. Ele está à nossa espera." Às terças-feiras à tarde o movimento aumenta na Câmara do Porto. O segurança já não estranha e quase de forma mecânica orienta quem chega: "Sobem no elevador até ao 4.o andar e depois perguntam. É mais fácil."
Do lado de fora do gabinete de Rui Sá, o vereador da CDU na autarquia, os bancos encostados à parede costumam estar vazios. Mas não às terças- -feiras. Rui Sá dedica o dia a ouvir quem o procura na esperança de ver os seus problemas resolvidos.
Maria Cândida entra no gabinete e não se importa com as fotografias: "Não devo nada a ninguém." Vai falar com o vereador pela terceira vez por causa de um problema da filha. Rui Sá já enviou cartas a ver se conseguem uma casa para ela e os filhos. Houve desenvolvimentos no processo e o vereador prepara-se para escrever mais uma carta, agora "ao presidente da Junta de Paranhos, a ver se ele manda o tal relatório". Todos os munícipes atendidos têm uma capa com toda a documentação sobre os seus problemas. "A maioria das pessoas vem aqui por uma casa. Mas não é só", explica.
Minutos depois, Rui Sá ouve um casal. A conversa começa pelo resultado das autárquicas, mas Narciso, antiga glória do Leixões e do Braga, vai ali por uma boa notícia. Graças ao apoio do vereador, uma questão com a EDP foi resolvida e o casal viu--se livre de uma dívida que não tinha contraído. Rui Sá explica que recebe as pessoas "em primeiro lugar, porque merecem" e depois porque isso lhe "permite trabalhar com conhecimento de causa". E diz que criou ali o gabinete de um provedor, a mesa de um assistente social e a cadeira de um psicólogo, mesmo que seja até tarde. Heitor, um dos munícipes, lembra que ali nunca há pressas: "Uma vez cheguei e já passava das 21h30. Havia gente lá fora e só ia jantar quando todos estivessem atendidos."
Rui Sá tenta ajudar com cartas, requerimentos ou denunciando as questões em reuniões de câmara. Às 17h00, a senha ia no número seis e a secretária diz que já distribuiu até ao 20. "O meu recorde foram 32 pessoas. Saí daqui muito tarde, mas enquanto houver alguém não me vou embora. Se estão aqui é porque precisam."
Se há definição de serviço público, este é um bom exemplo!
"Era para falar com o vereador Rui Sá. Ele está à nossa espera." Às terças-feiras à tarde o movimento aumenta na Câmara do Porto. O segurança já não estranha e quase de forma mecânica orienta quem chega: "Sobem no elevador até ao 4.o andar e depois perguntam. É mais fácil."
Do lado de fora do gabinete de Rui Sá, o vereador da CDU na autarquia, os bancos encostados à parede costumam estar vazios. Mas não às terças- -feiras. Rui Sá dedica o dia a ouvir quem o procura na esperança de ver os seus problemas resolvidos.
Maria Cândida entra no gabinete e não se importa com as fotografias: "Não devo nada a ninguém." Vai falar com o vereador pela terceira vez por causa de um problema da filha. Rui Sá já enviou cartas a ver se conseguem uma casa para ela e os filhos. Houve desenvolvimentos no processo e o vereador prepara-se para escrever mais uma carta, agora "ao presidente da Junta de Paranhos, a ver se ele manda o tal relatório". Todos os munícipes atendidos têm uma capa com toda a documentação sobre os seus problemas. "A maioria das pessoas vem aqui por uma casa. Mas não é só", explica.
Minutos depois, Rui Sá ouve um casal. A conversa começa pelo resultado das autárquicas, mas Narciso, antiga glória do Leixões e do Braga, vai ali por uma boa notícia. Graças ao apoio do vereador, uma questão com a EDP foi resolvida e o casal viu--se livre de uma dívida que não tinha contraído. Rui Sá explica que recebe as pessoas "em primeiro lugar, porque merecem" e depois porque isso lhe "permite trabalhar com conhecimento de causa". E diz que criou ali o gabinete de um provedor, a mesa de um assistente social e a cadeira de um psicólogo, mesmo que seja até tarde. Heitor, um dos munícipes, lembra que ali nunca há pressas: "Uma vez cheguei e já passava das 21h30. Havia gente lá fora e só ia jantar quando todos estivessem atendidos."
Rui Sá tenta ajudar com cartas, requerimentos ou denunciando as questões em reuniões de câmara. Às 17h00, a senha ia no número seis e a secretária diz que já distribuiu até ao 20. "O meu recorde foram 32 pessoas. Saí daqui muito tarde, mas enquanto houver alguém não me vou embora. Se estão aqui é porque precisam."
Se há definição de serviço público, este é um bom exemplo!
sábado, 24 de outubro de 2009
Também posso opinar sobre o Governo?
Sócrates demorou, demorou, demorou e demorou para apresentar o novo Executivo e ele aí está.
Ao melhor estilo hollywoodesco, Sócrates manteve o chamado "núcleo duro" e mostrou umas novas caras, com o típico marketing a que nos habituou.
A escolha de Isabel Alçada dá para fazer uns trocadilhos com os livros que escrevia. A escolha de Gabriela Canavilhas dá para termos uma ministra "sexy", bonita, pianista (que é uma coisa chique), mas que já veio reclamar que necessita de mais dinheiro para a pasta que vai gerir.
O facto de ter mais mulheres do que nunca houve é mesmo para a imprensa poder falar nisso e distrair-se de outras coisas.
A escolha de uma ex-sindicalista para Ministra do Trabalho é apenas e só para que as pessoas pensem que Sócrates é bonzinho e até pensa nos trabalhadores. É pena que Van Zeller já tenha vindo dizer que é uma escolha acertada, ou seja, deixa-nos mais descansados sobre o que aí vem.
Quanto ao resto, nada de novo ou surpreendente num Governo que vai ter de saber dialogar. A escolha dos "técnicos" ao serviço do Estado e do País pode ser uma boa ideia, mas a prática no terreno é que conta e para isso é preciso estaleca que a maioria dos ministros não tem.
Mais do mesmo?
Ao melhor estilo hollywoodesco, Sócrates manteve o chamado "núcleo duro" e mostrou umas novas caras, com o típico marketing a que nos habituou.
A escolha de Isabel Alçada dá para fazer uns trocadilhos com os livros que escrevia. A escolha de Gabriela Canavilhas dá para termos uma ministra "sexy", bonita, pianista (que é uma coisa chique), mas que já veio reclamar que necessita de mais dinheiro para a pasta que vai gerir.
O facto de ter mais mulheres do que nunca houve é mesmo para a imprensa poder falar nisso e distrair-se de outras coisas.
A escolha de uma ex-sindicalista para Ministra do Trabalho é apenas e só para que as pessoas pensem que Sócrates é bonzinho e até pensa nos trabalhadores. É pena que Van Zeller já tenha vindo dizer que é uma escolha acertada, ou seja, deixa-nos mais descansados sobre o que aí vem.
Quanto ao resto, nada de novo ou surpreendente num Governo que vai ter de saber dialogar. A escolha dos "técnicos" ao serviço do Estado e do País pode ser uma boa ideia, mas a prática no terreno é que conta e para isso é preciso estaleca que a maioria dos ministros não tem.
Mais do mesmo?
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
O sr. Van Zeller
Tendo em conta as suas recentes declarações sobre o Ordenado Mínimo, é justo dizer que este senhor, que no dia imediatamente a seguir às eleições recomendou o Governo a exortar os partidos da esquerda, é um parvo!
E é um parvo, porque não tem sensibilidade nenhuma para saber o que é receber o ordenado mínimo. Não tem sensibilidade para se levantar às 6 da manhã e levar os filhos à escola, enfrentar o trânsito para entrar nas cidades, para trabalhar durante 7/8 horas a ouvir patrões mal-dispostos, para voltar à escola a ir buscar os filhos e chegar a casa mais de 12 horas depois de ter saído, e só com o ordenado mínimo na mão, ao final do mês.
O sr. Van Zeller não tem noção disso. Tem a noção de que cada empregado que trabalha para uma das empresas que compõem a CIP é um número que tem de ter uma determinada rentabilidade e rácio, sob pena de entrada em prejuízo e assim ter de ser despedido.
O sr. Van Zeller, quando diz que é preciso "pensar duas vezes" antes de aumentar o salário mínimo, deveria pensar bem no que acarreta não se aumentar o salário mínimo para as pessoas que sobrevivem com 450 euros por mês. A esses é que é justo perguntar se vale a pena aumentar o salário mínimo. Não aos que pagam, porque para esses, a sensibilidade é nula. Só a têm para os números...
E é um parvo, porque não tem sensibilidade nenhuma para saber o que é receber o ordenado mínimo. Não tem sensibilidade para se levantar às 6 da manhã e levar os filhos à escola, enfrentar o trânsito para entrar nas cidades, para trabalhar durante 7/8 horas a ouvir patrões mal-dispostos, para voltar à escola a ir buscar os filhos e chegar a casa mais de 12 horas depois de ter saído, e só com o ordenado mínimo na mão, ao final do mês.
O sr. Van Zeller não tem noção disso. Tem a noção de que cada empregado que trabalha para uma das empresas que compõem a CIP é um número que tem de ter uma determinada rentabilidade e rácio, sob pena de entrada em prejuízo e assim ter de ser despedido.
O sr. Van Zeller, quando diz que é preciso "pensar duas vezes" antes de aumentar o salário mínimo, deveria pensar bem no que acarreta não se aumentar o salário mínimo para as pessoas que sobrevivem com 450 euros por mês. A esses é que é justo perguntar se vale a pena aumentar o salário mínimo. Não aos que pagam, porque para esses, a sensibilidade é nula. Só a têm para os números...
terça-feira, 20 de outubro de 2009
A liberdade
Sempre foi uma das permissas para se viver no Portugal após 25 de Abril.
Soube-se hoje, que apesar de haver campanhas negras, ministros que gostam de malhar e afins, que afinal havia alguma razão para se desconfiar deste Governo de Pó e Chinelo que mantém uma rodoma sobre tudo o que se passa, com o intuito de controlar tudo e todos.
A organização Repórteres Sem Fronteiras considera que a liberdade de imprensa diminuiu este ano em Portugal, com uma queda do 16º para o 30º lugar na lista dos países que mais respeitam o trabalho dos jornalistas.
Soube-se hoje, que apesar de haver campanhas negras, ministros que gostam de malhar e afins, que afinal havia alguma razão para se desconfiar deste Governo de Pó e Chinelo que mantém uma rodoma sobre tudo o que se passa, com o intuito de controlar tudo e todos.
A organização Repórteres Sem Fronteiras considera que a liberdade de imprensa diminuiu este ano em Portugal, com uma queda do 16º para o 30º lugar na lista dos países que mais respeitam o trabalho dos jornalistas.
Party zone
Mail recebido há pouco na caixa de correio:
"DUARTE SIOPA,VALTER CARVALHO E ARI GIRÃO CONVIDAM PARA A FESTA DE INICIO DE INVERNO NO INCLUB LX.....4ªFEIRA, DIA 21 ÁS 23HORAS...
TRAJE: FASHION INVERNO
CONTAMOS CONSIGO
DUARTE SIOPA"
Várias coisas se perguntam:
- O que é um traje "Fashion Inverno"?
- Para o Duarte Siopa e companhia, quando é que começa o Inverno?
- Quem é o Ari Girão?
"DUARTE SIOPA,VALTER CARVALHO E ARI GIRÃO CONVIDAM PARA A FESTA DE INICIO DE INVERNO NO INCLUB LX.....4ªFEIRA, DIA 21 ÁS 23HORAS...
TRAJE: FASHION INVERNO
CONTAMOS CONSIGO
DUARTE SIOPA"
Várias coisas se perguntam:
- O que é um traje "Fashion Inverno"?
- Para o Duarte Siopa e companhia, quando é que começa o Inverno?
- Quem é o Ari Girão?
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
O mentiroso
Pelo menos nas palavras de Daniel Pedro, que acusa José Sócrates de mentir durante a campanha eleitoral.
O que é que há de novo nesta notícia? O facto de Sócrates ser mentiroso ou o facto da A28 avançar na mesma?
O que é que há de novo nesta notícia? O facto de Sócrates ser mentiroso ou o facto da A28 avançar na mesma?
Como se esperava...
Vemos hoje na Internet, as páginas que falam de política nacional e referência às propostas do PCP? Zero!
Podemo comprovar:
Correio da Manhã
Jornal de Notícias
Público
Diário de Notícias
Ao invés, é dado um enorme destaque à proposta do BE sobre os casamentos homossexuais. É a tal questão de se ver quem é que anda a ser levado ao colo...
Podemo comprovar:
Correio da Manhã
Jornal de Notícias
Público
Diário de Notícias
Ao invés, é dado um enorme destaque à proposta do BE sobre os casamentos homossexuais. É a tal questão de se ver quem é que anda a ser levado ao colo...
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Veremos a lógica da notícia
"Lisboa, 15 Out (Lusa) -- O grupo parlamentar do PCP apresentou hoje nove iniciativas legislativas sobre matérias como o Código do Trabalho e a avaliação dos professores, que são também "um teste" para avaliar se o PS vai manter a política da legislatura anterior.
Os deputados comunistas consideram prioritárias as matérias abordadas nas propostas hoje apresentadas, no primeiro dia da XI legislatura."
Amanhã veremos o destaque que a notícia terá nos principais meios de comunicação. É a diferença entre ser eleito para deputado ou ser eleito para o golfe.
Os deputados comunistas consideram prioritárias as matérias abordadas nas propostas hoje apresentadas, no primeiro dia da XI legislatura."
Amanhã veremos o destaque que a notícia terá nos principais meios de comunicação. É a diferença entre ser eleito para deputado ou ser eleito para o golfe.
Os amigos e as ocasiões
As SCUT vão deixar de ser livres. Pelo menos algumas, e essas algumas, são aquelas que dão um certo jeito a grande parte da população que quer ir de Lisboa a Braga, por exemplo, sem ter de usar a A1 e a A3.
De acordo com isto, o dinheiro até nem vai para as concessionárias, mas sim para as EP (Estradas de Portugal), promovendo assim um incremento financeiro a uma empresa que tem dívidas no valor de 10% do PIB.
Ora para o sr.Almerindo Marques não ser despedido com outra indemnização choruda, o Governo pensou nesse aspecto e prejudica quem nada tem a ver com a incompetência de alguns.
A A28, a A25 e a A41 deixam de ser livres para andar. E assim sabemos também, que para o amigo Coelho ainda há espaço para ganhar dinheiro. Enfim, os amigos são para as ocasiões, sempre ouvi dizer...
De acordo com isto, o dinheiro até nem vai para as concessionárias, mas sim para as EP (Estradas de Portugal), promovendo assim um incremento financeiro a uma empresa que tem dívidas no valor de 10% do PIB.
Ora para o sr.Almerindo Marques não ser despedido com outra indemnização choruda, o Governo pensou nesse aspecto e prejudica quem nada tem a ver com a incompetência de alguns.
A A28, a A25 e a A41 deixam de ser livres para andar. E assim sabemos também, que para o amigo Coelho ainda há espaço para ganhar dinheiro. Enfim, os amigos são para as ocasiões, sempre ouvi dizer...
Reflexões e Conclusões
É fácil de perceber e entender que existem sempre vencedores e vencidos numas eleições, onde muitas pessoas olham para a cara dos candidatos e esquecem-se por momentos, que ele representa uma facção política. Existem n exemplos disso: Almada, Seixal, Sesimbra, Salvaterra de Magos, Ponte de Lima, Porto, e outros que se poderiam mencionar e que representaram resultados totalmente diferentes do que há 15 dias atrás.
Mas há um exemplo que a mim me deixou, digamos, preplexo, pelo resultado, mas sobretudo pela isenção de culpas e pela naturalidade de aceitar os resultados em democracia, e o que esse argumento poderá relectir-se no futuro.
Falo concretamente do caso de Beja. A CDU perdeu a Câmara de Beja, devido a um acordo (apesar das partes envolvidas negarem) entre PS e PSD, que decidiram apelar aos seus apoiantes e militantes que votassem no candidato do PS, em deterimento do do PSD, para assim, desalojarem da Câmara o Presidente Francisco Santos.
O acto cobarde a que se assistiu no passado domingo é grave, quanto mais não seja porque os dois principais partidos nacionais decidiram engendrar em conjunto uma acção que teve como único objectivo desalojar do poder uma câmara que detinha o poder há 35 anos e que era a única capital de distrito que ainda não pertencia a nenhum dos dois (PS ou PSD).
Poderão alegar, quer os apoiantes do PS e do PSD, que os resultados de domingo são dignos de pertencerem à democracia que existe actualmente, mas não é próprio da chamada ética política que muitos apregoam e que depois não a executam da maneira mais capaz e séria.
Poderá vir o autor da Praça da República dizer que os resultados assim ditaram que Beja mudasse de mãos, mas a anti-campanha que efectuou nestes últimos quatro anos, e sendo ele social-democrata, em nada beneficiaram o seu partido, já que o mesmo "perdeu estranhamente" quase 3000 votos, directamente recambiados para o candidato do PS.
São estas virtudes e estes defeitos que fazem a política. A nível nacional, rapidamente se começou logo a pedir a cabeça de Manuela Ferreira Leite por causa dos resultados, assim como se assistiu (talvez imbuídos pelos resultados de há 15 dias) a um elogio ao CDS, como se fosse esse partido a verdadeira alavanca da coligação PSD/CDS. Também o PS se deu como vencedor, porque ganhou mais câmaras, especialmente ao PSD, mantendo assim uma dinâmica vencedora (nas palavras de alguns).
Só o BE não cresceu, como desceu, mas a maneira sóbria como se comentam as derrotas do BE são algo que me fazem pensar que há ali algo mais do que a pouca política que mostram, e não é imagem, de certeza. Fosse noutro partido de esquerda e o que não se diria...
Mas há um exemplo que a mim me deixou, digamos, preplexo, pelo resultado, mas sobretudo pela isenção de culpas e pela naturalidade de aceitar os resultados em democracia, e o que esse argumento poderá relectir-se no futuro.
Falo concretamente do caso de Beja. A CDU perdeu a Câmara de Beja, devido a um acordo (apesar das partes envolvidas negarem) entre PS e PSD, que decidiram apelar aos seus apoiantes e militantes que votassem no candidato do PS, em deterimento do do PSD, para assim, desalojarem da Câmara o Presidente Francisco Santos.
O acto cobarde a que se assistiu no passado domingo é grave, quanto mais não seja porque os dois principais partidos nacionais decidiram engendrar em conjunto uma acção que teve como único objectivo desalojar do poder uma câmara que detinha o poder há 35 anos e que era a única capital de distrito que ainda não pertencia a nenhum dos dois (PS ou PSD).
Poderão alegar, quer os apoiantes do PS e do PSD, que os resultados de domingo são dignos de pertencerem à democracia que existe actualmente, mas não é próprio da chamada ética política que muitos apregoam e que depois não a executam da maneira mais capaz e séria.
Poderá vir o autor da Praça da República dizer que os resultados assim ditaram que Beja mudasse de mãos, mas a anti-campanha que efectuou nestes últimos quatro anos, e sendo ele social-democrata, em nada beneficiaram o seu partido, já que o mesmo "perdeu estranhamente" quase 3000 votos, directamente recambiados para o candidato do PS.
São estas virtudes e estes defeitos que fazem a política. A nível nacional, rapidamente se começou logo a pedir a cabeça de Manuela Ferreira Leite por causa dos resultados, assim como se assistiu (talvez imbuídos pelos resultados de há 15 dias) a um elogio ao CDS, como se fosse esse partido a verdadeira alavanca da coligação PSD/CDS. Também o PS se deu como vencedor, porque ganhou mais câmaras, especialmente ao PSD, mantendo assim uma dinâmica vencedora (nas palavras de alguns).
Só o BE não cresceu, como desceu, mas a maneira sóbria como se comentam as derrotas do BE são algo que me fazem pensar que há ali algo mais do que a pouca política que mostram, e não é imagem, de certeza. Fosse noutro partido de esquerda e o que não se diria...
sábado, 10 de outubro de 2009
Dia de Reflectir o quê?
Estes dias de reflexão são a verdadeira hipocrisia que se passa numa sociedade que se preze democrática.
Durante duas semanas, é ver caravanas de carros, discursos políticos aqui e ali, ficar à espera das TV's para poderem dizer umas bocas, distribuição de bonés e bandeirinhas, tudo na busca e na caça ao voto do povo que continua a ser iludido pelo arranjo da estradinha, pelo melhoramento da rua, pelo novo pavilhão ou porque o político distribuiu um electrodoméstico ou um chouriço.
Duas semanas inteiras a tentarmos ser convencidos pelos que não estão no poleiro, porque é que os devemos colocar lá. Duas semanas inteiras a tentarmos ser convencidos pelos que estão no poleiro que eles é que são os melhores e têm (atenção a esta palavra) OBRA feita.
Na minha terra, obrar tem outro significado bem mais mal cheiroso e feio do que uma qualquer obra nova. É com ênfase na obra que se vê a qualidade do candidato. Olhemos para Oeiras. O actual presidente deu-se como corrupto. Foi condenado. Mas tem obra, e isso, para o povo habituado a estas coisas da corrupção, acha bem que ele por lá continue, desde que mostre obra. Quem fala em Isaltino, poderia falar em Felgueiras, Valentim, Avelino e muitos, muitos mais que com os compadrios para mostrar a tal obra, investem tudo na caça ao voto para melhorarem o chamado poder local.
O caso das escutas do Governo e a (mais uma) declaração infeliz de Cavaco Silva fez com que na primeira semana de campanha autárquica não se falasse de nada, deixando para a segunda semana toda a "carne pronta para assar".
Não faltarão especialistas (daqueles que falam de tudo e mais alguma coisa) a comentarem que no próximo acto eleitoral onde hajam duas eleições no mesmo ano, que se marquem as mesmas para o mesmo dia, mas os mesmos especialistas esbarram com uma verdade inquestionável: a falta de cultura democrática dos portugueses, cada vezmais desiludidos com esta política de pacote, que olha aos interesses individuais e não aos colectivos.
Reflexão? Do quê?
Durante duas semanas, é ver caravanas de carros, discursos políticos aqui e ali, ficar à espera das TV's para poderem dizer umas bocas, distribuição de bonés e bandeirinhas, tudo na busca e na caça ao voto do povo que continua a ser iludido pelo arranjo da estradinha, pelo melhoramento da rua, pelo novo pavilhão ou porque o político distribuiu um electrodoméstico ou um chouriço.
Duas semanas inteiras a tentarmos ser convencidos pelos que não estão no poleiro, porque é que os devemos colocar lá. Duas semanas inteiras a tentarmos ser convencidos pelos que estão no poleiro que eles é que são os melhores e têm (atenção a esta palavra) OBRA feita.
Na minha terra, obrar tem outro significado bem mais mal cheiroso e feio do que uma qualquer obra nova. É com ênfase na obra que se vê a qualidade do candidato. Olhemos para Oeiras. O actual presidente deu-se como corrupto. Foi condenado. Mas tem obra, e isso, para o povo habituado a estas coisas da corrupção, acha bem que ele por lá continue, desde que mostre obra. Quem fala em Isaltino, poderia falar em Felgueiras, Valentim, Avelino e muitos, muitos mais que com os compadrios para mostrar a tal obra, investem tudo na caça ao voto para melhorarem o chamado poder local.
O caso das escutas do Governo e a (mais uma) declaração infeliz de Cavaco Silva fez com que na primeira semana de campanha autárquica não se falasse de nada, deixando para a segunda semana toda a "carne pronta para assar".
Não faltarão especialistas (daqueles que falam de tudo e mais alguma coisa) a comentarem que no próximo acto eleitoral onde hajam duas eleições no mesmo ano, que se marquem as mesmas para o mesmo dia, mas os mesmos especialistas esbarram com uma verdade inquestionável: a falta de cultura democrática dos portugueses, cada vezmais desiludidos com esta política de pacote, que olha aos interesses individuais e não aos colectivos.
Reflexão? Do quê?
Eu gostava de ter escrito este texto
O PP é o PNR dos pequeninos
"O PNR é honesto: assume-se como fascista, pouco inteligente e xenófobo. O PP é hipócrita: disfarçado de direita democrática, o PP impõe a mesma agenda de extrema-direita, alegando que em tempo de crise não podemos permitir a entrada e a legalização de mais imigrantes. A não legalização dos imigrantes que cá residem significa que os mesmos podem continuar a ser explorados por entidades empregadoras sem quaisquer escrúpulos. Além das vantagens humanistas, a legalização dos imigrantes contribuiria para a sua integração na economia não paralela, sendo um factor benéfico para a sustentabilidade da nossa segurança social.
O PNR é verdadeiro: assume que não gosta de pobres e que a pobreza deverá ser erradicada através do extermínio dos pobres. O PP é falso: disfarçada de direita moderna, quer acabar com o Rendimento Mínimo Garantido, porque os malandros dos pobres não querem é trabalhar. Esta bandeira é profundamente classista. Existe fraude nos processos de RSI (cerca de 15%), assim como existe fraude nos subsídios às empresas e nos subídios agrícolas. A existência de fraude é algo transversal a todas as classes sociais. Mas ao PP só interessa estigmatizar os pobres, esses preguiçosos que enganam o estado para ganharem a exorbitância de 187,18€ por mês.
O PNR é sincero: defende a existência de uma autocracia repressiva, em que a Polícia fala justiça pelas próprias mãos, sem recurso a paneleirices de tribunais e estados de direito. O PP é mentiroso. Disfarçado de direita responsável, o PP quer aumentar o número de polícias (quando Portugal é dos países da União Europeia que melhor racio polícias/habitantes tem), substituindo o estado social pelo estado penal, criminalizando a pobreza e, na sua paranóia securitária, diminuir as liberdades e garantias dos cidadãos.
Nas próximas eleições autárquicas a Lisboa, não voto na hiprocrisia, mas sim na política de verdade. Nas próximas eleições, eu voto PNR."
O Vodka Atónito cada vez melhor. Sem gelo.
"O PNR é honesto: assume-se como fascista, pouco inteligente e xenófobo. O PP é hipócrita: disfarçado de direita democrática, o PP impõe a mesma agenda de extrema-direita, alegando que em tempo de crise não podemos permitir a entrada e a legalização de mais imigrantes. A não legalização dos imigrantes que cá residem significa que os mesmos podem continuar a ser explorados por entidades empregadoras sem quaisquer escrúpulos. Além das vantagens humanistas, a legalização dos imigrantes contribuiria para a sua integração na economia não paralela, sendo um factor benéfico para a sustentabilidade da nossa segurança social.
O PNR é verdadeiro: assume que não gosta de pobres e que a pobreza deverá ser erradicada através do extermínio dos pobres. O PP é falso: disfarçada de direita moderna, quer acabar com o Rendimento Mínimo Garantido, porque os malandros dos pobres não querem é trabalhar. Esta bandeira é profundamente classista. Existe fraude nos processos de RSI (cerca de 15%), assim como existe fraude nos subsídios às empresas e nos subídios agrícolas. A existência de fraude é algo transversal a todas as classes sociais. Mas ao PP só interessa estigmatizar os pobres, esses preguiçosos que enganam o estado para ganharem a exorbitância de 187,18€ por mês.
O PNR é sincero: defende a existência de uma autocracia repressiva, em que a Polícia fala justiça pelas próprias mãos, sem recurso a paneleirices de tribunais e estados de direito. O PP é mentiroso. Disfarçado de direita responsável, o PP quer aumentar o número de polícias (quando Portugal é dos países da União Europeia que melhor racio polícias/habitantes tem), substituindo o estado social pelo estado penal, criminalizando a pobreza e, na sua paranóia securitária, diminuir as liberdades e garantias dos cidadãos.
Nas próximas eleições autárquicas a Lisboa, não voto na hiprocrisia, mas sim na política de verdade. Nas próximas eleições, eu voto PNR."
O Vodka Atónito cada vez melhor. Sem gelo.
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Nobel
Para quem ainda promove a guerra no Afeganistão e no Iraque e quer limitar políticas em países considerados "perigosos", só pode ser considerada uma brincadeira.
Mas se virmos bem os Prémios Nobel deste ano, também podemos considerar que a brincadeira tem sentido...
Mas se virmos bem os Prémios Nobel deste ano, também podemos considerar que a brincadeira tem sentido...
O Guedes
Conheci-o em 2000, quando a SIC estreava na altura os camiões de exteriores mais avançados de Portugal.
Sempre bem-disposto, fosse a trabalhar, fosse em folga, mantinha uma disposição que contagiava tudo e todos.
O que se passou no dia de aniversário da casa que ele tinha escolhido para trabalhar abalou uma ligeira alegria que havia.
O espaço que o 24 Horas lhe dedicou ontem extravasa tudo o que a ética jornalística recomenda.
A homenagem que os Gato lhe fizeram no final do programa de dia 6 foi a melhor atitude.
Já se despediu de nós, mas nós não o esquecemos. Por tudo de bom do que nos deu. Depois encontramo-nos, meu...e eu explico-te o "segredo"...
Sempre bem-disposto, fosse a trabalhar, fosse em folga, mantinha uma disposição que contagiava tudo e todos.
O que se passou no dia de aniversário da casa que ele tinha escolhido para trabalhar abalou uma ligeira alegria que havia.
O espaço que o 24 Horas lhe dedicou ontem extravasa tudo o que a ética jornalística recomenda.
A homenagem que os Gato lhe fizeram no final do programa de dia 6 foi a melhor atitude.
Já se despediu de nós, mas nós não o esquecemos. Por tudo de bom do que nos deu. Depois encontramo-nos, meu...e eu explico-te o "segredo"...
terça-feira, 6 de outubro de 2009
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