Odes e mais odes ao senhor Hussein, marcam o dia de hoje. Faz 100 dias que tomou posse e curiosamente, nestes últimos dois, teve de fazer dois pedidos de desculpa. Existe uma diferença entre o sr. Hussein e o comwboy do Texas. Este ao menos, pede desculpa. E pede desculpa pelo que se fez e pelo que se há-de fazer.
Não quer ter armas nucleares, mas não o vão deixar. Quer acabar com Guantánamo e ainda não acabou. Quer reatar as relações com Cuba, mas ainda não reatou nada. Ou seja, parece um Presidente com mais intenções, do que acções.
Apanhou o Mundo como apanhou e tem uma imprensa que o defende como ninguém. Simpática demais, até, em comparação com o louco texano.
Fala em iraniano, vai à Turquia estreitar laços diplomáticos, anda pela Europa com discursos para milhares de pessoas, mas tudo continua na mesma. Afinal, o sr. Hussein segue os ditâmes normais para um Presidente dos EUA, ou seja, igual ao anterior e igual ao posterior.
Não há nada de novo do outro lado do Mundo. Apenas serão 100 dias que passaram. Faltam os restantes para fazer 4 ou 8 anos, assim queira o Mundo...
quarta-feira, 29 de abril de 2009
sábado, 25 de abril de 2009
Curtas da democracia
- Manuel Alegre diz que deveria criar um partido para dar uma lição aos partidos políticos actuais. Mas o resultado pode ser simples. Saia do PS e crie-o. Não ande é com estes joguinhos, porque assim é mesmo complicado dar uma lição para o que quer que seja...
- Na mesma democracia que é apregoada, houve hossanas a Judite de Sousa porque o Primeiro-Ministro respondeu a perguntas sobre o Freeport. Mesmo assim, há sempre descuido. A mesma Judite disse hoje ao DN que se Sócrates não respondesse a perguntas sobre o Freeport, ela não o entrevistava. Ora, se Sócrates disse que respondia, era porque havia já algo planeado e não era só sobre o Freeport...
- Em dias revolucionários, o CDS não quer que Otelo receba uma pensão, mas ao mesmo tempo já Jaime Neves a pode receber. Um porque fez uma revolução, o outro porque fez uma reacção. Não se entende o critério do partido que tanto se preocupa nestes últimos dias com os agricultores...
- Em ano de eleições, os pensionistas vão ter direito a ter medicamentos genéricos gratuitos. O anúncio do Governo é feito para que seja divulgado e depois esquecido. Se até agora, os médicos se recusam a passar receitas com genéricos, porque razão haviam de mudar de opinião agora?
- Na mesma democracia que é apregoada, houve hossanas a Judite de Sousa porque o Primeiro-Ministro respondeu a perguntas sobre o Freeport. Mesmo assim, há sempre descuido. A mesma Judite disse hoje ao DN que se Sócrates não respondesse a perguntas sobre o Freeport, ela não o entrevistava. Ora, se Sócrates disse que respondia, era porque havia já algo planeado e não era só sobre o Freeport...
- Em dias revolucionários, o CDS não quer que Otelo receba uma pensão, mas ao mesmo tempo já Jaime Neves a pode receber. Um porque fez uma revolução, o outro porque fez uma reacção. Não se entende o critério do partido que tanto se preocupa nestes últimos dias com os agricultores...
- Em ano de eleições, os pensionistas vão ter direito a ter medicamentos genéricos gratuitos. O anúncio do Governo é feito para que seja divulgado e depois esquecido. Se até agora, os médicos se recusam a passar receitas com genéricos, porque razão haviam de mudar de opinião agora?
terça-feira, 21 de abril de 2009
É preciso uma nova revolução?
35 anos depois, o 25 de Abril terá perdido o seu sentido? Será que as comemorações que se irão fazer servirão para o quê? Para capitalizar os votos para as próximas eleições ou para ouvir os concertos das bandas da moda e ver o fogo-de-artifício?
Os jovens de hoje em dia não se podem queixar. Têm acesso à Internet, andam de iPod, jogam na Playstation, usam os portáteis, calçam os sapatos da moda e vestem-se como querem, quase sem limites. Se lhes perguntarmos o que foi o 25 de Abril e o que significou para a sua geração, são bem capazes de não saberem responder. É um bocado óbvio, porque a própria História se encarregou de esquecer as partes frétidas do Estado Novo.
Se quisermos fazer a Rua António Maria Cardoso, passamos pelo S.Luiz e depois vamos ter ao nosso lado esquerdo, um condomínio fechado de luxo, que ocupou as antigas instalações da PIDE/DGS, onde existiam as salas de tortura, as prisões e os escritórios de quem era encarregado de fazer ver a quem discordava das opções fascistas que afinal, o rumo que Salazar tinha para o país era o correcto.
Se quisermos ir a Peniche visitar o Forte, convém que nos despachemos, já que está em vista a construção de uma Pousada dentro do mesmo.
A própria História portuguesa, tão própria em tradições bacocas e inspiradas pela influência católica consigna que no Regime, até que as coisas eram boas e vivia-se melhor que agora, mas os sofismas de quem era (e ainda é) analfabeto, assim como as consequências dessa educação estão à vista, mesmo 30 anos depois.
A inveja, a intriga, o safe-se a si mesmo digno de uma cultura de desconfiança para com o próximo ainda perduram, talvez ainda mais, por um país que não se soube desenvolver, apesar dos inúmeros esforços que foram tentados com a injecção de capital que veio, primeiro com o FMI e depois com a União Europeia.
O interior está cada vez mais interior, as oportunidades de trabalho são cada vez mais escassas e precárias, o planeamento educativo é um caos, os serviços de saúde estão cada vez mais privatizados, a justiça não consegue ser célere, quanto mais justa e os mais poderosos escudam-se na corrupção dos políticos para cada um ganhar à sua medida.
Também houve coisas positivas, obviamente. Nem tudo foi mau. Temos talentos em várias áreas, mas que preferem ir para o estrangeiro em vez de ficarem por cá. Temos empresas empreendedoras que são um verdadeiro "oásis" no deserto da impotência empresarial portuguesa. Temos exemplos no software, na área tecnológica, nas ciências, em diferentes áreas, mas são pontos muito pequenos para quem quer crescer e mostrar-se ao mundo.
Mesmo com a nova geração que por aí pulula, é necessário educá-los para que sejam capazes de terem orgulho no seu país, apesar da crescente globalização que impera no mundo moderno. Não é só aprenderem inglês. O português é fundamental, quanto mais não seja porque é a 5ª língua mais falada no Mundo. Não é só aprenderem a brincar no Magalhães, mas sim saberem porque é que o computador se chama Magalhães.
É com uma revolução de mentalidades e amor próprio que eu previa que este 25 de Abril trouxesse para Portugal. Um Portugal onde houvesse respeito pelas pessoas, pelos que trabalham, pelos que mandam trabalhar, pelos que governam, por todos. E que a revolução cultural acontecesse, que deixassemos de ser "estupidificados" pelo aparelho que temos em casa e que nos "mina" a inteligência, com novelas e programas cor-de-rosa. Era esse o meu sonho para um 25 de Abril. Onde também não houvesse mortos, nem uma pinga de sangue. Apenas muitas pingas de suor...
segunda-feira, 20 de abril de 2009
Che - O Argentino
Três pontos a reter:
- Benício del Toro está excelente. A reciclagem que fez ao seu espanhol e a parecença física fazem com que seja Che de uma forma quase perfeita.
- A passagem temporal que é feita entre a cor e o preto e branco mostram um sobriedade ao melhor estilo Soderbergh
- A fotografia tem aspectos deliciosos e uma imagem brilhante
No próximo Domingo, a segunda parte.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
O vale tudo
O PS prepara-se para apoiar o BE na nova legislação sobre enriquecimento ilícito de pessoas ou políticos no que diz respeito ao sigilo bancário. É interessante verificar que em ano eleitoral, toda e qualquer tentativa de agradar à direita ou à esquerda, o PS se preste a este serviço pouco cívico de democracia.
Mas como o PSD não lhe quer ficar atrás, apresta-se para talvez aprovar o projecto-lei que o PCP também apresentou sobre o sigilo bancário e o enriquecimento ilícito. A febre dos votos e a falta de cultura política que existe nos políticos de Portugal dá nisto: uma corrida desenfreada para tentar apanhar a maior franja possível de indecisos com o espectro político português.
O que mais impressiona nisto é a vontade de haver órgãos de comunicação social que dão relevo ao facto de apenas 1/4 dos portugueses irem votar nas eleições europeias. É notório que as eleições europeias são vistas como umas eleições menores, mas se virmos o empenhos que houve de vários quadrantes para que o Tratado de LIsboa fosse uma realidade, é com Vital Moreira, Paulo Rangel e Nuno Melo que PS, PSD e CDS se apresentam, já que os partidos de esquerda apresentam os mesmos candidatos de há 5 anos atrás, apresentando alguma coerência e continuidade no trabalho iniciado em 2004.
Por isso mesmo, os portugueses não acreditam na política. Não acreditam em pessoas que apregoam vontade de defender os interesses dos cidadãos, como as reformas, as pensões, os direitos de saúde e de educação e depois ao fim de 8 anos estão reformados, vão às instituições privadas de saúde e têm os filhos nos colégios mais caros.
Os portugueses não acreditam em pessoas que dizem que vão melhorar os acessos, os transportes, melhorar a sua vida profissional e aumentar os salários, quando depois essas mesmas pessoas andam de viaturas particulares, têm a sua rua arranjada, e ganham muito mais do que as outras, permitindo-se e dando-se ao luxo de andarem juntos com a corrupção e o compadrio para resolverem assuntos pessoais e favores antigos.
Os portugueses, simplesmente não acreditam nos políticos, porque depois da Revolução de Abril, o que foi prometido e dito, não foi cumprido por aqueles em que os portugueses mais depositaram a esperança.
E por isso, esta "chico-espertice" dos partidos em aproveitarem o ano eleitoral para chegarem a acordos que nunca tiveram nos três anos anteriores, onde disseram cobras e lagartos de tudo e de todos e que não resolveram os problemas dos portugueses, deixando tudo como está.
O vale tudo abriu a caça, e até Outubro é este triste espectáculo que vamos assistir...
Mas como o PSD não lhe quer ficar atrás, apresta-se para talvez aprovar o projecto-lei que o PCP também apresentou sobre o sigilo bancário e o enriquecimento ilícito. A febre dos votos e a falta de cultura política que existe nos políticos de Portugal dá nisto: uma corrida desenfreada para tentar apanhar a maior franja possível de indecisos com o espectro político português.
O que mais impressiona nisto é a vontade de haver órgãos de comunicação social que dão relevo ao facto de apenas 1/4 dos portugueses irem votar nas eleições europeias. É notório que as eleições europeias são vistas como umas eleições menores, mas se virmos o empenhos que houve de vários quadrantes para que o Tratado de LIsboa fosse uma realidade, é com Vital Moreira, Paulo Rangel e Nuno Melo que PS, PSD e CDS se apresentam, já que os partidos de esquerda apresentam os mesmos candidatos de há 5 anos atrás, apresentando alguma coerência e continuidade no trabalho iniciado em 2004.
Por isso mesmo, os portugueses não acreditam na política. Não acreditam em pessoas que apregoam vontade de defender os interesses dos cidadãos, como as reformas, as pensões, os direitos de saúde e de educação e depois ao fim de 8 anos estão reformados, vão às instituições privadas de saúde e têm os filhos nos colégios mais caros.
Os portugueses não acreditam em pessoas que dizem que vão melhorar os acessos, os transportes, melhorar a sua vida profissional e aumentar os salários, quando depois essas mesmas pessoas andam de viaturas particulares, têm a sua rua arranjada, e ganham muito mais do que as outras, permitindo-se e dando-se ao luxo de andarem juntos com a corrupção e o compadrio para resolverem assuntos pessoais e favores antigos.
Os portugueses, simplesmente não acreditam nos políticos, porque depois da Revolução de Abril, o que foi prometido e dito, não foi cumprido por aqueles em que os portugueses mais depositaram a esperança.
E por isso, esta "chico-espertice" dos partidos em aproveitarem o ano eleitoral para chegarem a acordos que nunca tiveram nos três anos anteriores, onde disseram cobras e lagartos de tudo e de todos e que não resolveram os problemas dos portugueses, deixando tudo como está.
O vale tudo abriu a caça, e até Outubro é este triste espectáculo que vamos assistir...
domingo, 12 de abril de 2009
Vocês andam por aí
Olhando para o sitemeter e para a respectiva página de visitas e locais de onde acedem à Internet, é possível saber quem anda a visitar-mne. O que me ocorre agora dizer é simplesmente isto: Obrigado! Eu bem sei que os amigos estão bem presentes e, sobretudo, atentos!
Obrigado mais uma vez...
Obrigado mais uma vez...
sexta-feira, 10 de abril de 2009
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Curtinhas
- Houve um sismo em Itália e logo em Portugal, entramos nos campos das comparações. Comparações de sítios, comparações de lugares, comparações do que seria em Portugal se houvesse um sismo de 6.5. Para já, depende do lugar e depois depende da escala de Richter. A consequência nunca seria comparável...
- O FC Porto empatou em Manchester e deu um passo grande (porque deu) para sem se esforçar muito chegar a mais uma final europeia. Pode haver fruta e cafés com leite em Portugal, mas lá fora é mais difícil. E se o FC Porto chegar à final, o que dirá depois Platini?
- Em Portugal, morre-se de frio por causa do mau isolamento das casas. E ainda querem falar em sismos?
- O FC Porto empatou em Manchester e deu um passo grande (porque deu) para sem se esforçar muito chegar a mais uma final europeia. Pode haver fruta e cafés com leite em Portugal, mas lá fora é mais difícil. E se o FC Porto chegar à final, o que dirá depois Platini?
- Em Portugal, morre-se de frio por causa do mau isolamento das casas. E ainda querem falar em sismos?
domingo, 5 de abril de 2009
O alcatrão que por cá temos
Em trabalho, tive de ir a Matosinhos. Saíndo de Lisboa pela A8, segue-se pela A17, apanha-se a A1 e depois chegamos ao Porto pela A29 e pela A44. 5 autoestradas que servem para ligar as duas principais cidades do país.
Obviamente que se podia optar por apenas uma autoestrada, mas o dinheiro e as condições que a A1 têm actualmente, não justificam tamanho massacre. É preferível andar de autoestrada em autoestrada para ver que há muita gente contente com estas obras.
A A17 chega a um ponto onde existem três faixas para cada lado, onde o trânsito que por lá impera está reduzido a uma faixa de trânsito.
Quando se fala na construção de mais autoestradas, quando ao mesmo tempo, Lisboa ainda não tem uma estação de metro no Aeroporto para ligar os turistas ao centro da cidade, faz-nos pensar muitas coisas, nomeadamente no planeamento que o Governos e os anteriores tiveram sempre em prol dos amigos.
Foi em prol dos amigos, que lhes arranjaram lugares em construtores, foi em prol dos amigos que arranjaram lugares nas concessionárias e foi em prol dos amigos que o alcatrão foi sempre sendo apelidado de "aposta no desenvolvimento". Desenvolvimento de quem? E do quê?
sexta-feira, 3 de abril de 2009
quinta-feira, 2 de abril de 2009
G20
E pronto! A crise mundial está resolvida e bastou um dia de reuniões. Se se soubesse isso, já se teria feito essa reunião, mas pelos vistos, ainda demorou.
Hossanas aos verdadeiros empreendedores da iniciativa, que para além de serem os responsáveis, também são os solucionadores da crise, essa afamada crise, que ser de argumento para qualquer razão ou decisão que agora as empresas tomam.
O que vale é que não passa de um espectáculo de show-off que moveu imprensa, estados e tiranos, todos colocados no mesmo saco e com soluções para tudo.
Não passa de uma verdadeira "fantochada" e a injecção de mais capital vai ajudar os mesmos de sempre: aqueles que mais perderam dinheiro nestes últimos meses...
Hossanas aos verdadeiros empreendedores da iniciativa, que para além de serem os responsáveis, também são os solucionadores da crise, essa afamada crise, que ser de argumento para qualquer razão ou decisão que agora as empresas tomam.
O que vale é que não passa de um espectáculo de show-off que moveu imprensa, estados e tiranos, todos colocados no mesmo saco e com soluções para tudo.
Não passa de uma verdadeira "fantochada" e a injecção de mais capital vai ajudar os mesmos de sempre: aqueles que mais perderam dinheiro nestes últimos meses...
quarta-feira, 1 de abril de 2009
No país do faz de conta
No país do faz de conta, os administradores do Banco Central podem receber cerca de 1,9 milhões de euros, porque o país está em crise.
No país do faz de conta, um sujeito que foi condenado por corrupção pode ser nomeado para Presidente de uma empresa.
No país do faz de conta, pode haver impunidades, pressões e movimentações sobre alegadas corrupções do Primeiro-Ministro, mas como é ano de eleições, deixamos isso para depois.
No país do faz de conta, é mais preocupante saber se o denominado "melhor jogador do Mundo" manda uma boca e os colegas não gostam.
No país do faz de conta, só agora o Ministro das Finanças diz que é capaz de haver maior agitação social por causa da crise e do desemprego.
No país do faz de conta, continuamos todos a agir, como se isto fosse mesmo o país do faz de conta...
No país do faz de conta, um sujeito que foi condenado por corrupção pode ser nomeado para Presidente de uma empresa.
No país do faz de conta, pode haver impunidades, pressões e movimentações sobre alegadas corrupções do Primeiro-Ministro, mas como é ano de eleições, deixamos isso para depois.
No país do faz de conta, é mais preocupante saber se o denominado "melhor jogador do Mundo" manda uma boca e os colegas não gostam.
No país do faz de conta, só agora o Ministro das Finanças diz que é capaz de haver maior agitação social por causa da crise e do desemprego.
No país do faz de conta, continuamos todos a agir, como se isto fosse mesmo o país do faz de conta...
Subscrever:
Mensagens (Atom)