O Vasco é um amigo meu que foi para a Holanda trabalhar. Estava cá, fazia as coisas com brio e profissionalismo, mas era mal pago para aquilo que fazia.
Decidiu ir para a Holanda. Lá, valorizam os profissionais e bem. E além disso, valorizam ainda mais aqueles que são mais polivalentes, ou seja, que conseguem fazer bem várias coisas ao mesmo tempo. O Vasco é um desses polivalentes. E na Holanda, pelos polivalentes, o reconhecimento é ainda maior. Por isso, não estranho a decisão do Vasco.
Como o Vasco, existe o Manuel, o Joaquim, o Jorge, a Mariana, a Inês, a Rita e outros tantos competentes, profissionais e polivalentes, porque a isso foram ensinados e educados para o serem. Mas cá, são mal pagos, não são reconhecidos e são vistos como ameaça pelos seus chefes, que são fracos e agarrados ao lugar.
E assim, são obrigados a escolher em ir para fora, por cá, não têm hipóteses, sem ser lambe-botas ou caciques, como os seus chefes são. E isso mina a confiança num país e nas suas gentes. Mina toda uma parte da vida em que o sonho não passa mesmo disso, de um sonho em melhorar e que teima em se realizar.
O Vasco fez bem. Está contente. Satisfeito, porque faz o que gosta. Mas acredito que estaria melhor onde sempre esteve, cá! Não está, porque não deixam.
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1 comentário:
O Alexandre (dos Santos) é que é um bom aluno...
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