O título é "Menos sorrisos, mais conversa" e é um artigo publicado por Nuno Jerónimo, que se apresenta como publicitário. Para poupar uma ida ao I, aqui fica o texto:
"Na minha perspectiva, os políticos portugueses estão a ficar melhores. Eu explico, que isto dito assim dá direito a internamento. A minha perspectiva aqui é a de especialista em comunicação, ou seja, refiro-me - exclusivamente - às campanhas onde os nossos responsáveis (ou talvez nem tanto) se vendem para comprar votos. E nisso estão efectivamente melhores. Estão melhores porque, quanto mais não seja, souberam ouvir o povo.
Gosto de pensar que a elevada percentagem de cartazes onde a clássica fotografia do dirigente sorridente deu lugar a frases com intenções políticas concretas resultou da elevada percentagem de eleitores que já não os podem ver nem pintados.
Mais se compreende se pensarmos que a função da dita fotografia era transmitir confiança. Para quê dar a cara se ninguém a quer? Sábia opção, portanto. Menos sorrisos, mais conversa. Um território que o Bloco de Esquerda tem ocupado com os seus ora berrantes, ora metafóricos, mas sempre acutilantes cartazes. Ao Bloco juntam-se este ano o CDS-PP, com uma espécie de boletins de voto gigantes (que nos desafiam a votar contra o governo), o PSD, que tão habilmente soube ouvir os eleitores para se apoderar dos seus anseios como frases de campanha, e o próprio PS, que lança medidas novas e concretas sob o slogan "juntos conseguimos". Resta saber se no passado se no futuro."
Olhando para o prisma do publicitário, esqueceu-se de mencionar um dos partidos com assento parlamentar e que também tem nas ruas cartazes, não só com pessoas, mas com ideias políticas e práticas.
Convém também olhar para o link da notícia e verificar de quem é a fotografia de quem se está a rir.
É bom que quem se diz especialista consiga analisar todos os primas que comenta. Só assim ganhará credibilidade. Que bem é precisa, nos tempos que correm...
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
terça-feira, 25 de agosto de 2009
Uma questão de quintas
Olhamos hoje para a Quinta da Princesa da mesma forma que o ano passado olhámos para a Quinta da Fonte ou para a Quinta do Mocho.
Um aglomerado de prédios que os construtores amigos das câmaras construíram e que os sucessivos Governos deram uma mãozinha, criando guetos sociais que vivem sempre com o estigma da exclusão.
O que se passou hoje no concelho do Seixal não é mais do que um falhanço a vários níveis dos diferentes intervenientes neste tipo de processos: polícia, município e Governo.
E é um falhanço colectivo que se passa noutros concelhos, onde as quintas de outrora deram lugar aos prédios que pululam e poluem a vista, tornando-se numa amálgama de opiniões, atitudes e querelas que são normais, quando a marginalização das pessoas toma lugar.
Já o ano passado, a Bela Vista foi falada, a Quinta da Fonte foi falada, a Quinta do Mocho foi falada. Este ano, calhou a Quinta da Princesa.
Características próprias de quem se interessa pelo mal dos outros, mas que não se atreve a ajudar...
Um aglomerado de prédios que os construtores amigos das câmaras construíram e que os sucessivos Governos deram uma mãozinha, criando guetos sociais que vivem sempre com o estigma da exclusão.
O que se passou hoje no concelho do Seixal não é mais do que um falhanço a vários níveis dos diferentes intervenientes neste tipo de processos: polícia, município e Governo.
E é um falhanço colectivo que se passa noutros concelhos, onde as quintas de outrora deram lugar aos prédios que pululam e poluem a vista, tornando-se numa amálgama de opiniões, atitudes e querelas que são normais, quando a marginalização das pessoas toma lugar.
Já o ano passado, a Bela Vista foi falada, a Quinta da Fonte foi falada, a Quinta do Mocho foi falada. Este ano, calhou a Quinta da Princesa.
Características próprias de quem se interessa pelo mal dos outros, mas que não se atreve a ajudar...
sábado, 22 de agosto de 2009
Saúde para quem?
O sr.engenheiro Sócrates, quiçá à procura de votos em concelhos menos favoráveis, tem andado pela zona do Douro, e no espaço de 50 kms, lançou as primeiras pedras de dois Hospitais, um em Amarante e o outro em Lamego.
A margem sul, para variar, continua a ser ignorada e o Hospital do Seixal nunca mais arranca, com vista a servir mais de 100 mil pessoas, continuando a entupir o Hospital de Almada.
É esta política de saúde desorganizada e desigual que vai mantendo Sócrates imune ao que quer que seja, porque não é questionado ou porque é ignorado.
Não digo que as gentes de Lamego e de Amarante não tenham direito a ter hospital, mas o esquecimento ou birra política que este Governo mostra para quem é diferente da cor é estonteante.
A margem sul, para variar, continua a ser ignorada e o Hospital do Seixal nunca mais arranca, com vista a servir mais de 100 mil pessoas, continuando a entupir o Hospital de Almada.
É esta política de saúde desorganizada e desigual que vai mantendo Sócrates imune ao que quer que seja, porque não é questionado ou porque é ignorado.
Não digo que as gentes de Lamego e de Amarante não tenham direito a ter hospital, mas o esquecimento ou birra política que este Governo mostra para quem é diferente da cor é estonteante.
domingo, 16 de agosto de 2009
Uma escolha política, no mínimo, incoerente
Nas próximas legislativas quem quiser um governo de esquerda votará PS, quem quiser um governo de direita terá quatro partidos à escolha: PSD, CDS, BE ou PCP.
O resto está no link. Os comentários e as respostas da autora estão aqui.
Ok...Podem tirar as vossas conclusões...
O resto está no link. Os comentários e as respostas da autora estão aqui.
Ok...Podem tirar as vossas conclusões...
Os amigos
O Governo de Sócrates já nos habituou a governar para os amigos. Foi no caso do Freeport (que ninguém tem coragem de mexer), foi no caso da Mota-Engil (Jorge Coelho é o Presidente), foi no caso Casa Pia (Paulo Pedroso já é candidato autárquico), foi no caso BPN (safando os amigos do PSD), foi no caso Manuel Alegre (também agora já não chateia) e por aí fora, com mais exemplos.
O mais recente, trazido hoje pelo Público, mostra que arquitectos receberam 20 milhões de euros sem ser preciso haver regulações públicas ou manifestações de igual carácter.
Como é óbvio, uma dos arquitectos que não é amigo, resolveu contar os esquemas, e como tal, ficamos a saber que este governo da esquerda moderna e democrata tem alguns dos tiques antigos e ditatoriais de há alguns anos atrás. Nada de novo, portanto.
O que há de novo é que se o "não-amigo" arquitecto tivesse também recebido algum do que foi para os amigos de Sócrates, provavelmente, não se saberia de nada, e a ausência dos concursos públicos, a bem do rigor e da transparência, também seria anuída e passada para o lado. Como não lhe calhou nada, vai de colocar a boca no trombone, para ver se o calam e se ganha qualquer concursinho para renovar uma cantina ou uma sala de aula, talvez em Trancoso, ou Freixo de Espada à Cintra, para não dar muito nas vistas.
Como podemos ver, a esquerda moderna e democrática é assim que funciona. Falando de uma coisa e praticando outra. Devem ser tiques modernos, só pode...
O mais recente, trazido hoje pelo Público, mostra que arquitectos receberam 20 milhões de euros sem ser preciso haver regulações públicas ou manifestações de igual carácter.
Como é óbvio, uma dos arquitectos que não é amigo, resolveu contar os esquemas, e como tal, ficamos a saber que este governo da esquerda moderna e democrata tem alguns dos tiques antigos e ditatoriais de há alguns anos atrás. Nada de novo, portanto.
O que há de novo é que se o "não-amigo" arquitecto tivesse também recebido algum do que foi para os amigos de Sócrates, provavelmente, não se saberia de nada, e a ausência dos concursos públicos, a bem do rigor e da transparência, também seria anuída e passada para o lado. Como não lhe calhou nada, vai de colocar a boca no trombone, para ver se o calam e se ganha qualquer concursinho para renovar uma cantina ou uma sala de aula, talvez em Trancoso, ou Freixo de Espada à Cintra, para não dar muito nas vistas.
Como podemos ver, a esquerda moderna e democrática é assim que funciona. Falando de uma coisa e praticando outra. Devem ser tiques modernos, só pode...
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
Silly Season
Como estamos em época de não-notícias, as noções de ridículo são tantas, que eram precisos mais posts para criticar o que quer que fosse.
Sendo assim, fico-me pela notícia do Correio da Manhã que retrata os "prémios" que os oficiais da GNR recebem por conseguirem obter valores de multas esperados pelo Comandante.
Tudo se passa na zona de Portalegre e assim vemos que a vergonha já é pouca para tamanha canalhice associada às forças de segurança.
Lá por o Governo não apoiar as forças de segurança com o material que tanto necessitam, também não precisam de descer tão baixo para chegar a uma situação, no mínimo, vergonhosa.
É que nem o Comandante, nem o Ministério, nem os próprios cabos se dão ao trabalho de tentarem honrar (nem que seja uma vez) o seu posto de trabalho.
Sendo assim, fico-me pela notícia do Correio da Manhã que retrata os "prémios" que os oficiais da GNR recebem por conseguirem obter valores de multas esperados pelo Comandante.
Tudo se passa na zona de Portalegre e assim vemos que a vergonha já é pouca para tamanha canalhice associada às forças de segurança.
Lá por o Governo não apoiar as forças de segurança com o material que tanto necessitam, também não precisam de descer tão baixo para chegar a uma situação, no mínimo, vergonhosa.
É que nem o Comandante, nem o Ministério, nem os próprios cabos se dão ao trabalho de tentarem honrar (nem que seja uma vez) o seu posto de trabalho.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
A justiça
Isaltino Morais sabe hoje se será condenado ou não no caso das contas bancárias na Suíça. Já se sabe que a justiça em Portugal não trabalha, e por isso mesmo, se o autarca for considerado culpado, será uma surpresa, tendo em conta os dias que correm.
A semana passada Fátima Felgueiras provou que está perto de voltar a ser uma pessoa impoluta, apesar de todos os problemas que causou.
De Valentim Loureiro e do seu filho João, nem uma palavra sobre os casos de corrupção.
João Rendeiro foi notícia porque pagou de IRS 3 milhões de Euros e até Oliveira Costa já está em casa, num regime de prisão domiciliária.
São tantos os casos que ainda fazem pensar as pessoas se valerá a pena lutar pelos seus direitos ou se têm confiança na justiça e neste país.
São estas fúrias que fazem com que as pessoas pensem se valerá a pena lutar por isto. E quando digo isto, é mesmo o nosso país, a nossa localidade, a nossa rua, o nosso prédio. Ou se será apenas o início da demonstração que a sociedade está efectivamente cada vez mais individual, esquecendo-se do colectivo?
A semana passada Fátima Felgueiras provou que está perto de voltar a ser uma pessoa impoluta, apesar de todos os problemas que causou.
De Valentim Loureiro e do seu filho João, nem uma palavra sobre os casos de corrupção.
João Rendeiro foi notícia porque pagou de IRS 3 milhões de Euros e até Oliveira Costa já está em casa, num regime de prisão domiciliária.
São tantos os casos que ainda fazem pensar as pessoas se valerá a pena lutar pelos seus direitos ou se têm confiança na justiça e neste país.
São estas fúrias que fazem com que as pessoas pensem se valerá a pena lutar por isto. E quando digo isto, é mesmo o nosso país, a nossa localidade, a nossa rua, o nosso prédio. Ou se será apenas o início da demonstração que a sociedade está efectivamente cada vez mais individual, esquecendo-se do colectivo?
domingo, 2 de agosto de 2009
sábado, 1 de agosto de 2009
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