As pessoas passam por ele com sacos na mão. Muitos sacos na mão. Compras de Natal para uns, lembranças para outros. As pessoas vão andando pelo corredor a olhar para as montras e a entrar nas lojas para ver o que podem comprar ou para simplesmente ver. Ele sente-se inquieto. O fato que veste parece apertado. Apertado demais, porque o calor humano é tanto, que nem sabe como há-de abordar as pessoas. Está especado a ver o que pode fazer, porque a pressão do outro lado também é enorme.
Ele sente-se pressionado. Pressionado para falar. Para prometer este mundo e o outro. Para ter sucesso, mediante o número de pessoas que consegue angariar. Está parado no meio do centro comercial e os sacos e as pessoas e as crianças falam, gritam e andam, sem lhe ligar. Como se ele fosse um artefacto, igual ao de uma barraca de gelados ou a um parque infantil.
Ele toma coragem, dirige-se a mim e pergunta: "Boa tarde, está interessado num novo seguro de automóvel?"
Ele sente-se pressionado. Pressionado para falar. Para prometer este mundo e o outro. Para ter sucesso, mediante o número de pessoas que consegue angariar. Está parado no meio do centro comercial e os sacos e as pessoas e as crianças falam, gritam e andam, sem lhe ligar. Como se ele fosse um artefacto, igual ao de uma barraca de gelados ou a um parque infantil.
Ele toma coragem, dirige-se a mim e pergunta: "Boa tarde, está interessado num novo seguro de automóvel?"