terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

A vergonha, ou a falta dela...

Está na moda em Portugal arranjar toda e qualquer maneira de colocar Sócrates na rua. É sintomático e evidente que a comunicação social, a opinião pública, mas sobretudo os partidos da oposição uniram-se, questionando tudo e todos, como se fosse o PS o verdadeiro responsável pelo clima de caos organizativo, judicial e legislativo que o nosso país padece.

Ver o PSD e o CDS-PP pugnar pela ausência de liberdade de imprensa, quando foram eles que silenciaram Marcelo Rebelo de Sousa mostra uma de duas coisas: falta de vergonha ou esquecimento.

O esquecimento não é, porque até foi há bem pouco tempo, logo só sobra a falta de vergonha. E falta de vergonha, porque sedentos de poder, os partidos da direita, aproveitando a não-maioria do PS, tudo fazem para regressar ao poleiro onde também andaram nos útlimos anos.

E é esta falta de vergonha, alicerçada no apoio da comunicação social, que vamos caminhando para o abismo e somos sempre comparados com a Grécia. E é com esta falta de vergonha que os portugueses perdem o interesse em quem deveria tratar deles, ou seja, os políticos.

Tudo o que tem vindo à baila serve para distorcer as ideias de quem deveria servir os portugueses e ter também a exigência de melhorar o que foi feito desde o 25 de Abril.

Entrar nestas quezílias políticas, para servir interesses partidários e não nacionais, mostra a pequenez e o provincianismo que nos são tão próprios. Não lutam para melhorar, mas sim para piorar. E para isso, não contem comigo...

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