domingo, 28 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Em vez do Retweet, o Repost
Com a devida vénia ao Vítor Dias:
"Leio no Público de hoje que Diogo Feio, deputado e Vice-Presidente do CDS, no contexto de declarações suas em defesa de uma aliança com o PSD, veio afirmar que o PCP «continua na mesma política de sempre - não apresenta uma proposta e está sempre contra as propostas apresentadas». É certo que já vem de longe este bolorento truque de não se gostar das propostas de outros mas preferir dizer que não existem. Mas, ainda assim, nada desculpa a visceral desonestidade deste Diogo (se não gosta, não coma!) que, por esta infame via, está mesmo a pedir chuva. De facto, para ilustração geral, e sem contar com propostas de alteração ao Orçamento de Estado, qualquer consulta no sítio da Assembleia da República revelará que, desde o ínicio da legislatura, o PCP apresentou 54 projectos de lei enquanto o CDS apresentou 26 e que o PCP apresentou 15 pedidos de apreciação parlamentar de diplomas do governo enquanto o CDS apresentou um.
Coisa feia, muito feia, menino Diogo."
"Leio no Público de hoje que Diogo Feio, deputado e Vice-Presidente do CDS, no contexto de declarações suas em defesa de uma aliança com o PSD, veio afirmar que o PCP «continua na mesma política de sempre - não apresenta uma proposta e está sempre contra as propostas apresentadas». É certo que já vem de longe este bolorento truque de não se gostar das propostas de outros mas preferir dizer que não existem. Mas, ainda assim, nada desculpa a visceral desonestidade deste Diogo (se não gosta, não coma!) que, por esta infame via, está mesmo a pedir chuva. De facto, para ilustração geral, e sem contar com propostas de alteração ao Orçamento de Estado, qualquer consulta no sítio da Assembleia da República revelará que, desde o ínicio da legislatura, o PCP apresentou 54 projectos de lei enquanto o CDS apresentou 26 e que o PCP apresentou 15 pedidos de apreciação parlamentar de diplomas do governo enquanto o CDS apresentou um.
Coisa feia, muito feia, menino Diogo."
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Quando somos pequeninos
Gosto muito da Madeira.
Sempre que posso, vou lá passar uns tempos para desfrutar da ilha. Também tenho amigos madeirenses que prezo e que hoje lhes liguei para saber se estava tudo bem.
E liguei, porque quem tenha ido à Madeira, apesar de gostar da vista da ilha, das pessoas e de tudo o mais, também reconhecia que mais cedo ou mais tarde, caso houvesse uma tragédia, iria haver problemas, como os que há agora...
Isto mostra o quão pequenos nós somos, quando absorvidos pela força da água.
Também mostra que o planeamento de que a Madeira foi alvo nos últimos tempos não foi o melhor.
Aos homens e mulheres da ilha, a minha força e a vossa vontade de renascer outra vez...
Sempre que posso, vou lá passar uns tempos para desfrutar da ilha. Também tenho amigos madeirenses que prezo e que hoje lhes liguei para saber se estava tudo bem.
E liguei, porque quem tenha ido à Madeira, apesar de gostar da vista da ilha, das pessoas e de tudo o mais, também reconhecia que mais cedo ou mais tarde, caso houvesse uma tragédia, iria haver problemas, como os que há agora...
Isto mostra o quão pequenos nós somos, quando absorvidos pela força da água.
Também mostra que o planeamento de que a Madeira foi alvo nos últimos tempos não foi o melhor.
Aos homens e mulheres da ilha, a minha força e a vossa vontade de renascer outra vez...
segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010
A decadência
Como é que o maior partido da oposição consegue ter três candidatos a Presidente?
E como é que desses três, dois são seguidores da política até então preconizada pela actual Presidente?
E como é que havendo três candidatos, se pode sempre argumentar a liberdade de discussão e opinião dentro do partido, se as ideias são tão diferentes?
Como é que há um Conselho Nacional em que um dos seus membros mais importantes sai a meio do mesmo, porque não tem paciência para "aquilo"?
E como é que, num momento de tensão política preparado para provocar eleições antecipadas, o PSD ainda procura por alguém que o tente salvar?
Uma coisa é certa. A decadência é certa e a melhoria do sistema democrático português é uma falácia cada vez maior...
E como é que desses três, dois são seguidores da política até então preconizada pela actual Presidente?
E como é que havendo três candidatos, se pode sempre argumentar a liberdade de discussão e opinião dentro do partido, se as ideias são tão diferentes?
Como é que há um Conselho Nacional em que um dos seus membros mais importantes sai a meio do mesmo, porque não tem paciência para "aquilo"?
E como é que, num momento de tensão política preparado para provocar eleições antecipadas, o PSD ainda procura por alguém que o tente salvar?
Uma coisa é certa. A decadência é certa e a melhoria do sistema democrático português é uma falácia cada vez maior...
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
A vergonha, ou a falta dela...
Está na moda em Portugal arranjar toda e qualquer maneira de colocar Sócrates na rua. É sintomático e evidente que a comunicação social, a opinião pública, mas sobretudo os partidos da oposição uniram-se, questionando tudo e todos, como se fosse o PS o verdadeiro responsável pelo clima de caos organizativo, judicial e legislativo que o nosso país padece.
Ver o PSD e o CDS-PP pugnar pela ausência de liberdade de imprensa, quando foram eles que silenciaram Marcelo Rebelo de Sousa mostra uma de duas coisas: falta de vergonha ou esquecimento.
O esquecimento não é, porque até foi há bem pouco tempo, logo só sobra a falta de vergonha. E falta de vergonha, porque sedentos de poder, os partidos da direita, aproveitando a não-maioria do PS, tudo fazem para regressar ao poleiro onde também andaram nos útlimos anos.
E é esta falta de vergonha, alicerçada no apoio da comunicação social, que vamos caminhando para o abismo e somos sempre comparados com a Grécia. E é com esta falta de vergonha que os portugueses perdem o interesse em quem deveria tratar deles, ou seja, os políticos.
Tudo o que tem vindo à baila serve para distorcer as ideias de quem deveria servir os portugueses e ter também a exigência de melhorar o que foi feito desde o 25 de Abril.
Entrar nestas quezílias políticas, para servir interesses partidários e não nacionais, mostra a pequenez e o provincianismo que nos são tão próprios. Não lutam para melhorar, mas sim para piorar. E para isso, não contem comigo...
Ver o PSD e o CDS-PP pugnar pela ausência de liberdade de imprensa, quando foram eles que silenciaram Marcelo Rebelo de Sousa mostra uma de duas coisas: falta de vergonha ou esquecimento.
O esquecimento não é, porque até foi há bem pouco tempo, logo só sobra a falta de vergonha. E falta de vergonha, porque sedentos de poder, os partidos da direita, aproveitando a não-maioria do PS, tudo fazem para regressar ao poleiro onde também andaram nos útlimos anos.
E é esta falta de vergonha, alicerçada no apoio da comunicação social, que vamos caminhando para o abismo e somos sempre comparados com a Grécia. E é com esta falta de vergonha que os portugueses perdem o interesse em quem deveria tratar deles, ou seja, os políticos.
Tudo o que tem vindo à baila serve para distorcer as ideias de quem deveria servir os portugueses e ter também a exigência de melhorar o que foi feito desde o 25 de Abril.
Entrar nestas quezílias políticas, para servir interesses partidários e não nacionais, mostra a pequenez e o provincianismo que nos são tão próprios. Não lutam para melhorar, mas sim para piorar. E para isso, não contem comigo...
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Assim se vê...
A semana passada, greve dos enfermeiros...
Ontem, manifestação dos estudantes do ensino secundário...
Hoje, manifestação da função pública...
Afinal, o PCP está em força...
Ontem, manifestação dos estudantes do ensino secundário...
Hoje, manifestação da função pública...
Afinal, o PCP está em força...
A crise que não existe
Expectativa própria de um Governo que gosta de propaganda e atenção foi o espectáculo (mais um) protagonizado pelo Ministro das Finanças, o tal que trabalha 24 horas por dia e de noite, se for preciso.
Talvez por trabalhar tanto, conseguiu atrasar mais uma vez a sua própria conferência de imprensa, talvez mostrando que tem poder para tal. Obviamente que o deixam.
E tanto suspense para quê? Para nada! Para dizer que vai usar as ínfimas leis que tem ao dispor para que o Orçamento não resvale ainda mais do que o previsto.
Na Assembleia, PS e restante oposição degladiam-se para saber quem terá os lucros sobre um endividamento máximo de 50 milhões de Euros das Regiões Autónomas. Açores e Madeira ficam à espera de saber se será uma decisão continental a alimentar ainda mais os estigmas que existem com as ilhas e com os dinheiros que lhes são atribuídos, sempre numa conjuntura de desenvolvimento regional.
O Ministro, entretanto, fazendo o beicinho característico deste Governo sempre que é verdadeiramente posto à prova, veio rapidamente afirmar que a culpa é dos outros, naquela característica tão típica e portuguesa de sacudir a água do capote e de quem vier atrás, que cuide do estrago.
O problema efectivo e real é mesmo esse: Não haver alguém que, ordeiramente e com sentido de responsabilidade, dê um murro na mesa e tente lutar por um país que há muito está junto ao lodo e à lama que os políticos o deixaram...
Talvez por trabalhar tanto, conseguiu atrasar mais uma vez a sua própria conferência de imprensa, talvez mostrando que tem poder para tal. Obviamente que o deixam.
E tanto suspense para quê? Para nada! Para dizer que vai usar as ínfimas leis que tem ao dispor para que o Orçamento não resvale ainda mais do que o previsto.
Na Assembleia, PS e restante oposição degladiam-se para saber quem terá os lucros sobre um endividamento máximo de 50 milhões de Euros das Regiões Autónomas. Açores e Madeira ficam à espera de saber se será uma decisão continental a alimentar ainda mais os estigmas que existem com as ilhas e com os dinheiros que lhes são atribuídos, sempre numa conjuntura de desenvolvimento regional.
O Ministro, entretanto, fazendo o beicinho característico deste Governo sempre que é verdadeiramente posto à prova, veio rapidamente afirmar que a culpa é dos outros, naquela característica tão típica e portuguesa de sacudir a água do capote e de quem vier atrás, que cuide do estrago.
O problema efectivo e real é mesmo esse: Não haver alguém que, ordeiramente e com sentido de responsabilidade, dê um murro na mesa e tente lutar por um país que há muito está junto ao lodo e à lama que os políticos o deixaram...
O terror...
As notícias parangonas da nossa sociedade acordaram hoje com medo da ETA. Que tinha uma base em Portugal, que era grave, que ia acontecer isto e aquilo.
O problema da nossa comunicação social é que gosta de alertar, alarmar e criar pânico nas pessoas. Pelo menos, é isso que se nota sempre que é dada uma notícia sempre com tom dramático e dantesco.
O problema da ETA é em Espanha, é com Espanha que eles lutam e por isso, a criação de uma base em Portugal é apenas e só uma mostra do nosso desleixo muito próprio. Ao invés, zurzimos com a possibilidade de um ataque em solo luso, quando basta fazer uma pequena pesquisa e notar que a ETA prefere atacar em quem a tem atacado.
Sejamos um pouco mais conscientes dos perigos que podemos mandar da boca para fora. Poupava-nos o alarmismo e a preocupação desnecessária.
O problema da nossa comunicação social é que gosta de alertar, alarmar e criar pânico nas pessoas. Pelo menos, é isso que se nota sempre que é dada uma notícia sempre com tom dramático e dantesco.
O problema da ETA é em Espanha, é com Espanha que eles lutam e por isso, a criação de uma base em Portugal é apenas e só uma mostra do nosso desleixo muito próprio. Ao invés, zurzimos com a possibilidade de um ataque em solo luso, quando basta fazer uma pequena pesquisa e notar que a ETA prefere atacar em quem a tem atacado.
Sejamos um pouco mais conscientes dos perigos que podemos mandar da boca para fora. Poupava-nos o alarmismo e a preocupação desnecessária.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Deus e o Diabo
Corria o ano de 2000 (bem para os finais de 2000), quando o primeiro jogo como Presidente do SL Benfica para a Taça de Portugal de Manuel Vilarinho se disputava em Campo Maior.
Em dia de jogo, comunicação social incluída, havia o almoço entre direcções, dada neste caso, pela do Campomaiorense, na pessoa de Pedro Morcela, que amigavelmente, nos convidou para almoçar junto da mesa directiva.
Uma mesa para as direcções e outra para as comunicações. No final do almoço, o Comendador Rui Nabeiro junta-se à comunicação, porque estava farto de ouvir falar em futebol, jogadores e transacções. Preferia falar de outros temas com os camaradas da comunicação e a conversa foi parar aos lotes de café com que o Comendador tão bem serve em Portugal e no estrangeiro. Dizia ele que estava à espera de 14 contentores vindos de Angola no dia seguinte, no Porto de Lisboa, para poderem ir para Campo Maior, a fim de serem tratados e comercializados.
É nesta altura que alguém na mesa pergunta a Rui Nabeiro, como é que, derivado à guerra em Angola, o café chegava ao Porto de Luanda e tomava o caminho de Portugal. Rui Nabeiro respondeu da seguinte forma: "Em tempo de guerra, temos de nos dar bem com Deus e com o Diabo!". Foi o suficiente para a mesa perceber o que estava em jogo.
Dez anos depois, Deus continua a mandar em Angola e o Diabo foi morto. Em Portugal, só há um Deus, que por sinal, tem nome de filósofo. Mas é um Deus fraco, que se aproveita das ameaças para se tornar forte, usando os meios para atingir os fins. E neste caso, os meios utilizados são os da comunicação. Ai do Diabo, os pobres jornalistas, opinadores ou figuras que ousem colocar o poder de Deus em vão.
Ele é mortífero, usa a sua teia e o seu controle para que nada escape. Ao menor sinal de ruptura, lá existe uma chamada para um gabinete importante, a dizer que não pode ser. Sua Santidade tem de ser venerado, custe o que custar, doa a quem doer.
E assim, no dia seguinte, a sua agenda repleta de demagogia e caciquismo será acompanhada "ad eternum" até os placards com frases sugestivas e as tendas de cocktail rápido serem desmontados.
Usa a comunicação, segrega-a, tudo está bem quando acaba bem, porque os problemas são resolvidos sempre ao telefone, sem coragem de enfrentar e discutir com quem discorde dele, usando os corredores e a "coscuvilhice" própria de quem não tem coragem de assumir os seus actos.
No Portugal do Séc. XXI, em 2010, ainda há quem tenha os dotes próprios de uma cultura beirã enraizada no ódio pessoal e na picuinhice tão própria que continua a fazer de nós pequeninos, pequeninos, pequeninos...
Ter um Deus assim não é uma benção, mas um sacrilégio. Não há para aí um Diabo como deve de ser?
Em dia de jogo, comunicação social incluída, havia o almoço entre direcções, dada neste caso, pela do Campomaiorense, na pessoa de Pedro Morcela, que amigavelmente, nos convidou para almoçar junto da mesa directiva.
Uma mesa para as direcções e outra para as comunicações. No final do almoço, o Comendador Rui Nabeiro junta-se à comunicação, porque estava farto de ouvir falar em futebol, jogadores e transacções. Preferia falar de outros temas com os camaradas da comunicação e a conversa foi parar aos lotes de café com que o Comendador tão bem serve em Portugal e no estrangeiro. Dizia ele que estava à espera de 14 contentores vindos de Angola no dia seguinte, no Porto de Lisboa, para poderem ir para Campo Maior, a fim de serem tratados e comercializados.
É nesta altura que alguém na mesa pergunta a Rui Nabeiro, como é que, derivado à guerra em Angola, o café chegava ao Porto de Luanda e tomava o caminho de Portugal. Rui Nabeiro respondeu da seguinte forma: "Em tempo de guerra, temos de nos dar bem com Deus e com o Diabo!". Foi o suficiente para a mesa perceber o que estava em jogo.
Dez anos depois, Deus continua a mandar em Angola e o Diabo foi morto. Em Portugal, só há um Deus, que por sinal, tem nome de filósofo. Mas é um Deus fraco, que se aproveita das ameaças para se tornar forte, usando os meios para atingir os fins. E neste caso, os meios utilizados são os da comunicação. Ai do Diabo, os pobres jornalistas, opinadores ou figuras que ousem colocar o poder de Deus em vão.
Ele é mortífero, usa a sua teia e o seu controle para que nada escape. Ao menor sinal de ruptura, lá existe uma chamada para um gabinete importante, a dizer que não pode ser. Sua Santidade tem de ser venerado, custe o que custar, doa a quem doer.
E assim, no dia seguinte, a sua agenda repleta de demagogia e caciquismo será acompanhada "ad eternum" até os placards com frases sugestivas e as tendas de cocktail rápido serem desmontados.
Usa a comunicação, segrega-a, tudo está bem quando acaba bem, porque os problemas são resolvidos sempre ao telefone, sem coragem de enfrentar e discutir com quem discorde dele, usando os corredores e a "coscuvilhice" própria de quem não tem coragem de assumir os seus actos.
No Portugal do Séc. XXI, em 2010, ainda há quem tenha os dotes próprios de uma cultura beirã enraizada no ódio pessoal e na picuinhice tão própria que continua a fazer de nós pequeninos, pequeninos, pequeninos...
Ter um Deus assim não é uma benção, mas um sacrilégio. Não há para aí um Diabo como deve de ser?
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