O caso é muito simples e célere de contar.
No Twitter, Ana Catarina Santos, da TSF diz o seguinte: "Indignada: o Min.Edu. pôs a gravar as conversas de jornalistas na sala de imprensa enqt aguardavam declaração do Gov.", de seguida, "Perguntámos quem era e o que fazia. Trata-se de António Correia, do gabinete da Ministra da Educação Isabel Alçada. ", e finalmente, "Perguntámos porque gravava as conversas dos jornalistas, e que não tinha autorização.Respondeu "Temos as mesmas armas"! .
Ou seja, o Ministério da Educação resolve escutar o que dizem os jornalistas antes da Ministra intervir. A isto chama-se espionagem, quer se queira, quer não.
Se dúvidas houvessem, elas aí estão, os grandes libertários da democracia portuguesa...
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
domingo, 22 de novembro de 2009
Coisas boas para se ler...
- A questão actual da Nicarágua , no 5 Dias.
- Também no 5 Dias, "Antes da Dívida Temos Direitos"
- As "calinadas" do futebol, n'A Origem das Espécies
- Também no 5 Dias, "Antes da Dívida Temos Direitos"
- As "calinadas" do futebol, n'A Origem das Espécies
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
O orçamento redistributivo
Já sabíamos que José Sócrates tem o poder da comunicação e consegue com poucas palavras dizer que tudo vai bem, quando tudo vai mal.
E também sabíamos que os seus Ministros têm de ser educados dessa forma.
Soubemos hoje que "orçamento rectificativo" passou a ser "orçamento redistributivo". Redistributivo para quem?:
- Para o BPN e para os seus gestores?
- Para o Armando Vara, para o Penedos e para os sucateiros?
- Para os deputados que passam o dia na Assembleia e conseguem ainda vir às várias TV's falar sobre aquilo que trabalham?
- Para o aumento do desemprego?
- Para os acordos tácitos do Bloco Central?
Para que serve o novo orçamento redistributivo afinal?
E também sabíamos que os seus Ministros têm de ser educados dessa forma.
Soubemos hoje que "orçamento rectificativo" passou a ser "orçamento redistributivo". Redistributivo para quem?:
- Para o BPN e para os seus gestores?
- Para o Armando Vara, para o Penedos e para os sucateiros?
- Para os deputados que passam o dia na Assembleia e conseguem ainda vir às várias TV's falar sobre aquilo que trabalham?
- Para o aumento do desemprego?
- Para os acordos tácitos do Bloco Central?
Para que serve o novo orçamento redistributivo afinal?
"Os abutres ficaram sem carne para comer"
Quem teve esta frase infeliz foi o guarda-redes da Selecção, Eduardo.
O mesmo que, escudando-se no apuramento exigentissímo que a Selecção Portuguesa teve de fazer para estar presente no Mundial de 2010, está agora como que a festejar um apuramento que deveria ter sido conquistado na primeira fase de qualificação.
Este grunho poderia ouvir vozes mais sábias como as de Ricardo Carvalho, que com alguma experiência que tem, diz: "Merecemos as críticas e temos de assumi-las", peneticiando-se pela paupérrima qualificação que Portugal fez, seguindo as teorias loas do professor Queiroz.
Já o ridículo não mata, porque se o fizesse, não teríamos o goleador fantástico que é Liedson. Aliás, tem tanto de fantástico, como de estúpido a usar palavras e mesmo no seu português com sotaque, diz o seguinte: "Somos candidatos ao título, sem dúvida."
Meu caro Eduardo: os abutres não existem só porque querem. Existem porque esta Selecção foi vítima da "scolarização" que não previu o fim da geração de ouro.
Meu caro Ricardo: não há dúvidas que merecem as críticas. Depois do Euro 2004, do Mundial de 2006 e do Euro 2008, era exigível que não tivessem que ir a um play-off de apuramento.
Meu caro Liedson: quando aprenderes a jogar futebol, terás algum mérito nas palavras que proferes...
O mesmo que, escudando-se no apuramento exigentissímo que a Selecção Portuguesa teve de fazer para estar presente no Mundial de 2010, está agora como que a festejar um apuramento que deveria ter sido conquistado na primeira fase de qualificação.
Este grunho poderia ouvir vozes mais sábias como as de Ricardo Carvalho, que com alguma experiência que tem, diz: "Merecemos as críticas e temos de assumi-las", peneticiando-se pela paupérrima qualificação que Portugal fez, seguindo as teorias loas do professor Queiroz.
Já o ridículo não mata, porque se o fizesse, não teríamos o goleador fantástico que é Liedson. Aliás, tem tanto de fantástico, como de estúpido a usar palavras e mesmo no seu português com sotaque, diz o seguinte: "Somos candidatos ao título, sem dúvida."
Meu caro Eduardo: os abutres não existem só porque querem. Existem porque esta Selecção foi vítima da "scolarização" que não previu o fim da geração de ouro.
Meu caro Ricardo: não há dúvidas que merecem as críticas. Depois do Euro 2004, do Mundial de 2006 e do Euro 2008, era exigível que não tivessem que ir a um play-off de apuramento.
Meu caro Liedson: quando aprenderes a jogar futebol, terás algum mérito nas palavras que proferes...
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
O António dos leilões
Crónica escrita hoje por Vítor Belanciano, n'O Público, o único jornal português que ainda faz com que as crónicas assinadas sejam pagas. Nem isso me faz perder a vontade e o tempo para a reescrever à mão. Os negritos são meus. Aqui vai:
" Se Portugal tivesse estrelas pop, o minhoto António Joaquim Rodrigues Ribeiro, de Lugar de Pilar, Amares, nascido em 1954, seria uma delas.
Quando já era Variações, na década de 80, subia o Chiado, pescoços virando-se para trás, espreitando um homem de longas barbas e roupas demasiado extravagantes para a Lisboa compostinha de fato e gravata envergada por obrigação.
Ele lá seguia, Rua do Carmo acima, Rua GArrett abaixo. Não olhava para o lado. Não por afectação. Menos por provocação. Mas por afirmação. Não era personagem. Era genuíno, o António. Era como era.
Na música continua a ser um dos melhores. Voz particular. Música capaz de transcender estações e gerações. Anos 70, 80, 90, este século, Londres, N.Y., Portugal, o mundo. E, tudo isto, nas calmas.
Consta que era um anjo de pessoa, gravou o álbum Anjo da Guarda em 83. Gostava de Dar e Receber, título que lançou em 84. Mas que diabo!, deu tanto, receber pouco deve ser lixado.
Veio em todos os jornais e foi notícia de encerramento de telejornais. O António foi a leilão, na semana passada, 200 lotes - cassetes, roupas, manuscritos, letras, peças de colecção ou fotos.
Oitenta por cento do espólio foi vendido. Rendeu cerca de 35 mil euros, sete mil contos de réis, chega e sobra para comprar a versão mais baixa do novo Volkswagen. Foi o que a FPF retirou do ordenado de Scolari, quando se portou mal e agrediu um jogador sérvio.
Há 15 dias decorreu uma audiência preliminar no Funchal. O deputado do PS Carlos Pereira acusa Jardim de declarações insultuosas. O insulto pode-lhe custar 35 mil euros.
Existiu quem achasse que o leilão foi um insulto. Falou-se de mercantilização. Se não existisse, o espólio nem seria preservado. Assim, ficou aos bocados mas, valha-nos isso, salvaguardado.
O insulto é que ele merecia mais. E nós também. Não se viram instituições culturais, editoras ou coleccionadores. Apenas gente com afecto pelo homem e artista. Já não é mau. Mas queria-se mais.
Em Inglaterra, 35 mil euros valeria uma peúga de Madonna. O ano passadoo museu Victoria & Albert de Londres dedicou uma exposição a Kylie Minogue, com hot pants e tudo. Ou seja, arte. Pelo menos algumas das formas que a arte tem de se apropriar de imagens e símbolos pop.
Em França, far-se-ia uma casa-museu patrocinada pelo organismo estatal Bureau de Export. Em Espanha bater-se-iam pelas 41 cassetes de gravações originais. Aqui foi à primeira, adquiridas por 1000 euros, a base de licitação. Quase nada. Mas a peça mais cara do leilão.
Nos EUA haveria uma barbearia, denominada É prò Menino e prà Menina, como a do António, onde poriam todas as peças. Serviriam cafés em chávenas Maria Albertina e haveria bolinhos da marca O corpo é que paga. Não me venham com histórias. Não é preferível isso a não ter memória?
Se Portugal quisesse, o António, falecido em 1984, inspirador de Os Humanos, referência das novas gerações, seria estrela pop total. Assim, é estrela pop, aos bocadinhos."
" Se Portugal tivesse estrelas pop, o minhoto António Joaquim Rodrigues Ribeiro, de Lugar de Pilar, Amares, nascido em 1954, seria uma delas.
Quando já era Variações, na década de 80, subia o Chiado, pescoços virando-se para trás, espreitando um homem de longas barbas e roupas demasiado extravagantes para a Lisboa compostinha de fato e gravata envergada por obrigação.
Ele lá seguia, Rua do Carmo acima, Rua GArrett abaixo. Não olhava para o lado. Não por afectação. Menos por provocação. Mas por afirmação. Não era personagem. Era genuíno, o António. Era como era.
Na música continua a ser um dos melhores. Voz particular. Música capaz de transcender estações e gerações. Anos 70, 80, 90, este século, Londres, N.Y., Portugal, o mundo. E, tudo isto, nas calmas.
Consta que era um anjo de pessoa, gravou o álbum Anjo da Guarda em 83. Gostava de Dar e Receber, título que lançou em 84. Mas que diabo!, deu tanto, receber pouco deve ser lixado.
Veio em todos os jornais e foi notícia de encerramento de telejornais. O António foi a leilão, na semana passada, 200 lotes - cassetes, roupas, manuscritos, letras, peças de colecção ou fotos.
Oitenta por cento do espólio foi vendido. Rendeu cerca de 35 mil euros, sete mil contos de réis, chega e sobra para comprar a versão mais baixa do novo Volkswagen. Foi o que a FPF retirou do ordenado de Scolari, quando se portou mal e agrediu um jogador sérvio.
Há 15 dias decorreu uma audiência preliminar no Funchal. O deputado do PS Carlos Pereira acusa Jardim de declarações insultuosas. O insulto pode-lhe custar 35 mil euros.
Existiu quem achasse que o leilão foi um insulto. Falou-se de mercantilização. Se não existisse, o espólio nem seria preservado. Assim, ficou aos bocados mas, valha-nos isso, salvaguardado.
O insulto é que ele merecia mais. E nós também. Não se viram instituições culturais, editoras ou coleccionadores. Apenas gente com afecto pelo homem e artista. Já não é mau. Mas queria-se mais.
Em Inglaterra, 35 mil euros valeria uma peúga de Madonna. O ano passadoo museu Victoria & Albert de Londres dedicou uma exposição a Kylie Minogue, com hot pants e tudo. Ou seja, arte. Pelo menos algumas das formas que a arte tem de se apropriar de imagens e símbolos pop.
Em França, far-se-ia uma casa-museu patrocinada pelo organismo estatal Bureau de Export. Em Espanha bater-se-iam pelas 41 cassetes de gravações originais. Aqui foi à primeira, adquiridas por 1000 euros, a base de licitação. Quase nada. Mas a peça mais cara do leilão.
Nos EUA haveria uma barbearia, denominada É prò Menino e prà Menina, como a do António, onde poriam todas as peças. Serviriam cafés em chávenas Maria Albertina e haveria bolinhos da marca O corpo é que paga. Não me venham com histórias. Não é preferível isso a não ter memória?
Se Portugal quisesse, o António, falecido em 1984, inspirador de Os Humanos, referência das novas gerações, seria estrela pop total. Assim, é estrela pop, aos bocadinhos."
Um privilegiado
É como me sinto, porque nunca fui um desempregado.
Ao longo destes anos, consegui sempre ter um emprego e nunca passei pela situação desconfortável que muitos amigos meus já passaram.
E se os meus amigos (mais jovens, por inerência) se sentiram mal, o que dizer dos mais velhos, que se sentem como que "inoperantes" para a função, segundo as cabeças mais pensantes deste país.
Por isso, o nº que foi ontem divulgado pelo INE sobre o desemprego é preocupante, sob diversos prismas.
O primeiro é que a tão famosa crise, afinal afectou-nos e bem, como se comprova pelo nº.
O segundo é que o actual Governo se mostra completamente inerte para resolver o que quer que seja para suprimir a situação degradante do aumento de desempregados no país. Em vez de promover o investimento, como tantas vezes apregoa, Sócrates mostra-se impotente para resolver este problema.
O terceiro e último é que os principais responsáveis pelo aumento do desemprego, são os mesmos que usam e abusam dos subsídios, dos empregados e da precariedade que existe e a que as pessoas estão sujeitas.
Por tudo isto e mais, sinto-me um privilegiado.
Aos desempregados, a minha solidariedade.
Ao longo destes anos, consegui sempre ter um emprego e nunca passei pela situação desconfortável que muitos amigos meus já passaram.
E se os meus amigos (mais jovens, por inerência) se sentiram mal, o que dizer dos mais velhos, que se sentem como que "inoperantes" para a função, segundo as cabeças mais pensantes deste país.
Por isso, o nº que foi ontem divulgado pelo INE sobre o desemprego é preocupante, sob diversos prismas.
O primeiro é que a tão famosa crise, afinal afectou-nos e bem, como se comprova pelo nº.
O segundo é que o actual Governo se mostra completamente inerte para resolver o que quer que seja para suprimir a situação degradante do aumento de desempregados no país. Em vez de promover o investimento, como tantas vezes apregoa, Sócrates mostra-se impotente para resolver este problema.
O terceiro e último é que os principais responsáveis pelo aumento do desemprego, são os mesmos que usam e abusam dos subsídios, dos empregados e da precariedade que existe e a que as pessoas estão sujeitas.
Por tudo isto e mais, sinto-me um privilegiado.
Aos desempregados, a minha solidariedade.
terça-feira, 17 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
terça-feira, 10 de novembro de 2009
As Prioridades da Governação
Foi o tema de ontem no Prós e Contras. De um lado, Pedro Silva Pereira e Basílio Horta. Do outro José Aguiar-Branco e José Manuel Pureza. Ou seja, a estação pública de televisão entende que para discutir as prioridades da governação, no principal painel de discussão deve estar o Ministro da Presidência, o presidente do AICEP e os líderes parlamentares do PSD e do BE.
São estes os arautos da verdade e da competência para governar o país e definir as suas prioridades.
Parece que o CDS-PP e o PCP não têm voto na matéria, porque suponho, são demasiado radicais no discurso e no pensamento. O BE já não é assim, pertence à extrema-esquerda, mas não é radical, porque tem um discurso singelo e eficaz. Hitler também o tinha e depois foi o que foi.
O que espanta é que na televisão pública haja um programa que de quinze em quinze dias, discuta o Estado da Nação, os seus males e o que poderia melhorar, não mostrando o que está bem feito e quem merece de certa foram, os louros, por querer transformar o país positivamente, através do seu empreendedorismo.
O que espanta na televisão pública é que não há oportunidade para os demais partidos desalinhados com o sistema e que na sua ideologia e lógica de percepção das coisas, sejam uma voz dissonante com a carneirada que todos os dias entope as diferentes antenas com o mesmo discurso.
Já há muito que tinha riscado do meu hábito ver o "Prós e Contras". Hoje é apenas um desabafo do minuto que vi, só mesmo porque quando se liga a televisão, o primeiro canal que aparece é mesmo a RTP 1, nada mais do que isso...
São estes os arautos da verdade e da competência para governar o país e definir as suas prioridades.
Parece que o CDS-PP e o PCP não têm voto na matéria, porque suponho, são demasiado radicais no discurso e no pensamento. O BE já não é assim, pertence à extrema-esquerda, mas não é radical, porque tem um discurso singelo e eficaz. Hitler também o tinha e depois foi o que foi.
O que espanta é que na televisão pública haja um programa que de quinze em quinze dias, discuta o Estado da Nação, os seus males e o que poderia melhorar, não mostrando o que está bem feito e quem merece de certa foram, os louros, por querer transformar o país positivamente, através do seu empreendedorismo.
O que espanta na televisão pública é que não há oportunidade para os demais partidos desalinhados com o sistema e que na sua ideologia e lógica de percepção das coisas, sejam uma voz dissonante com a carneirada que todos os dias entope as diferentes antenas com o mesmo discurso.
Já há muito que tinha riscado do meu hábito ver o "Prós e Contras". Hoje é apenas um desabafo do minuto que vi, só mesmo porque quando se liga a televisão, o primeiro canal que aparece é mesmo a RTP 1, nada mais do que isso...
Muros e murinhos
A celebração dos 20 anos da queda do Muro de Berlim serviu para alertar que o Mundo é agora muito melhor. As constantes diferenças que foram retratadas em diferentes serviços de informação assim o ditaram. Compararam sempre o lado oriental com o ocidental, como se desse lado fosse sim o paraíso.
Não quero ser a voz oficial do PCP, porque não sirvo de papagaio e não digo o que outros assumem de foram política caquética e desmembrada do mundo em que vivemos, mas ao invés de utilizar termos como a vitória do capitalismo e ismos que tais, poderiam utilizar argumentos mais simples.
É óbvio que o Muro de Berlim era um atentado à liberdade que tanto preconiza o ser humano. É óbvio que havia diferenças abismais entre os dois estados, devido à situação política, mas a lavagem cerebral que foi feita nestes últimos dois dias, em que o comunismo foi a única facção a ser culpada de tudo é errada e não corresponde à verdade.
Podemos falar do que quisermos, mas os factos estão aí, 20 anos depois e nada tem a ver com a queda do Muro (que nunca deveria ter existido, o Muro, claro!). As pessoas do lado oriental da Alemanha continuam a ter menos poder de compra do que os da região ocidental, continuam a ter menos oportunidades de emprego do que as do lado ocidental e continua-se ainda a tentar perceber o porquê.
E quando se celebra a queda de um Muro 20 anos depois, outros existem que deveriam encher a cara e a consciência dos políticos de vergonha, porque limitam, como sempre, a liberdade de alguém.
No El Mundo, existem muros que convém que não sejam esquecidos. De África a Ásia, ao Médio Oriente e à América Central, tudo serve para passar ao lado e ignorar o que de mau tem haver fronteiras que em nada dignificam a condição humana.
Não quero ser a voz oficial do PCP, porque não sirvo de papagaio e não digo o que outros assumem de foram política caquética e desmembrada do mundo em que vivemos, mas ao invés de utilizar termos como a vitória do capitalismo e ismos que tais, poderiam utilizar argumentos mais simples.
É óbvio que o Muro de Berlim era um atentado à liberdade que tanto preconiza o ser humano. É óbvio que havia diferenças abismais entre os dois estados, devido à situação política, mas a lavagem cerebral que foi feita nestes últimos dois dias, em que o comunismo foi a única facção a ser culpada de tudo é errada e não corresponde à verdade.
Podemos falar do que quisermos, mas os factos estão aí, 20 anos depois e nada tem a ver com a queda do Muro (que nunca deveria ter existido, o Muro, claro!). As pessoas do lado oriental da Alemanha continuam a ter menos poder de compra do que os da região ocidental, continuam a ter menos oportunidades de emprego do que as do lado ocidental e continua-se ainda a tentar perceber o porquê.
E quando se celebra a queda de um Muro 20 anos depois, outros existem que deveriam encher a cara e a consciência dos políticos de vergonha, porque limitam, como sempre, a liberdade de alguém.
No El Mundo, existem muros que convém que não sejam esquecidos. De África a Ásia, ao Médio Oriente e à América Central, tudo serve para passar ao lado e ignorar o que de mau tem haver fronteiras que em nada dignificam a condição humana.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Um ano depois
Após as odes ao novo salvador do Mundo, nada de novo mudou.
Israel continua a isolar e a matar na Palestina, o Iraque, Paquistão e Afeganistão estão mais mortíferos que nunca.
As críticas internas aumentam e Obama continua com um capital de positivismo impróprio até para os políticos mais descuidados.
Até ganhou um Nobel, mas nem isso faz com que mude efectivamente algo.
Faltam ainda três anos, é verdade, mas no primeiro ano, o que foi mostrado, foi muito pouco...
Israel continua a isolar e a matar na Palestina, o Iraque, Paquistão e Afeganistão estão mais mortíferos que nunca.
As críticas internas aumentam e Obama continua com um capital de positivismo impróprio até para os políticos mais descuidados.
Até ganhou um Nobel, mas nem isso faz com que mude efectivamente algo.
Faltam ainda três anos, é verdade, mas no primeiro ano, o que foi mostrado, foi muito pouco...
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Coisinhas deste nosso Portugal
- Temos sempre uma tendência para o pessimismo, para pegarmos sempre em desgraça e amputarmos à nossa existência, por isso, e alarmados pela comunicação social, os portugueses começam a correr em direcção aos Centros de Saúde e aos Hospitais por causa da gripe A. A todos nos acontece isso, e todos correm na direcção de uma baixa, de uma ausência ao trabalho, de nada fazerem...
- Pelo contrário, existem uns quantos que fazem e muito. Por exemplo, Armando Vara é conhecido por fazer mais fora da lei, do que dentro da própria lei. É impressionante o rol de aventuras que este transmontano nos tem brindado com a sua queda para a ilegalidade, sempre conivente com o Governo PS e com o seu amigo Sócrates. A tomada de decisão sobre a sua suspensão de administrador do BCP só faz bem, para já, àqueles que ainda pensam que existe justiça em Portugal...
- Por falar em justiça, o Conselho da mesma da ainda não homologada pelo novo estatuto jurídico Federação de Futbeol, decidiu, ao fim de 4 meses, que o campeão de juniores da época passada é o Sporting. 4 meses depois e já depois de se ter feito um jogo à porta fechada em Alcochete e do campeonato ir adiantado, o Conselho de Justiça pronuncia-se. Pronuncia-se tarde e a más horas, bem próprio do nosso estado de espiríto...
- Já lhe tinha feito a homenagem, mas achei excessivo que a Radar pussesse pessoas a falarem do António Sérgio. Bastavam os relatos em pequenas frases que sintetizavam a personalidade do "lobo". Era o suficiente, para além de se passarem durante o dia, as músicas e os grupos de que ele gostava. Era o suficiente...
- Pelo contrário, existem uns quantos que fazem e muito. Por exemplo, Armando Vara é conhecido por fazer mais fora da lei, do que dentro da própria lei. É impressionante o rol de aventuras que este transmontano nos tem brindado com a sua queda para a ilegalidade, sempre conivente com o Governo PS e com o seu amigo Sócrates. A tomada de decisão sobre a sua suspensão de administrador do BCP só faz bem, para já, àqueles que ainda pensam que existe justiça em Portugal...
- Por falar em justiça, o Conselho da mesma da ainda não homologada pelo novo estatuto jurídico Federação de Futbeol, decidiu, ao fim de 4 meses, que o campeão de juniores da época passada é o Sporting. 4 meses depois e já depois de se ter feito um jogo à porta fechada em Alcochete e do campeonato ir adiantado, o Conselho de Justiça pronuncia-se. Pronuncia-se tarde e a más horas, bem próprio do nosso estado de espiríto...
- Já lhe tinha feito a homenagem, mas achei excessivo que a Radar pussesse pessoas a falarem do António Sérgio. Bastavam os relatos em pequenas frases que sintetizavam a personalidade do "lobo". Era o suficiente, para além de se passarem durante o dia, as músicas e os grupos de que ele gostava. Era o suficiente...
domingo, 1 de novembro de 2009
Morreu o lobo
Foto: Blitz
Despediu-se hoje de nós com um problema cardíaco. Não se despedirá de nós e ficará, como ele queria que fosse, recordado pelo que deu á rádio e aos seus ouvintes. Da Comercial à Radar, o "lobo" ficará sempre com o uivo gravado na minha memória.
Bem-hajas e descansa em paz, de preferência na procura de novos sons, como sempre fazias...
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