7 da manhã na Gare do Oriente. Gente para apanhar o Alfa Pendular que parará no Porto, porque esses infâmes dos sindicalistas não querem que o comboio chegue a Braga. Tempos estes em que os maquinistas (esses mesmos que conduzem os comboios) não querem ser só eles a pagar a crise.
Plataforma cheia de pessoas que esperam pelo comboio. Muitos estereótipos. Muitos casacos. Muitos fatos. Muitos vestidos. Por mim, umas calças de ganga da Cheyenne (que entretanto, já decretou falência, deixando mais uns quantos no Centro de Desemprego do distrito de Braga e um empresário com o seu Porsche), um pólo azul e uns sapatos com uns 5 anos comprados na Often (que também já encerrou).
Por imperativos do trabalho, foi-me dada a possibilidade de ir na classe Conforto (pomposo nome dado à vulgar 1ª classe, mas que em nada difere da classe Turística, vulgar 2ª classe sem ser na oferta de jornais e de café). De resto, é igual. Cadeiras iguais, disposição dos lugares iguais. Só muda o status e o quo.
Primeira impressão é que quem tem um portátil deve ir com ele em cima da mesa para mostrar que se vai em negócios. Depois é necessário ter um exemplar do Diário Económico ou do Jornal de Negócios, para passar a ideia de que se está actualizado com a mais recente informação económica. E é preciso também ir de fato e gravata. Lamento, mas não possuo a maioria dos requisitos. E o que é que eu faço na classe Conforto? Experimento.
Experimento e não gosto. Não gosto destas manias de se ser mais do que é. Das aparências que fazem com que nós tenhamos de ser isto ou aquilo. De sermos mais importantes do que aquilo que somos. Cada qual na sua importância. Cada qual com o seu modo de ser e de estar, porque o mais importante é mesmo sermos nós próprios e não aquilo que outros querem que nós sejamos. Eu dou-me bem assim: sem aparências, sem falsos pudores ou mordomias.
Para a próxima vez já sei: Classe Turística. Já vi que a diferença não compensa, mesmo tendo alguém a pagar-me a viagem.
P.S. E também há gente que ressona na Classe Conforto. Diferenças?
Plataforma cheia de pessoas que esperam pelo comboio. Muitos estereótipos. Muitos casacos. Muitos fatos. Muitos vestidos. Por mim, umas calças de ganga da Cheyenne (que entretanto, já decretou falência, deixando mais uns quantos no Centro de Desemprego do distrito de Braga e um empresário com o seu Porsche), um pólo azul e uns sapatos com uns 5 anos comprados na Often (que também já encerrou).
Por imperativos do trabalho, foi-me dada a possibilidade de ir na classe Conforto (pomposo nome dado à vulgar 1ª classe, mas que em nada difere da classe Turística, vulgar 2ª classe sem ser na oferta de jornais e de café). De resto, é igual. Cadeiras iguais, disposição dos lugares iguais. Só muda o status e o quo.
Primeira impressão é que quem tem um portátil deve ir com ele em cima da mesa para mostrar que se vai em negócios. Depois é necessário ter um exemplar do Diário Económico ou do Jornal de Negócios, para passar a ideia de que se está actualizado com a mais recente informação económica. E é preciso também ir de fato e gravata. Lamento, mas não possuo a maioria dos requisitos. E o que é que eu faço na classe Conforto? Experimento.
Experimento e não gosto. Não gosto destas manias de se ser mais do que é. Das aparências que fazem com que nós tenhamos de ser isto ou aquilo. De sermos mais importantes do que aquilo que somos. Cada qual na sua importância. Cada qual com o seu modo de ser e de estar, porque o mais importante é mesmo sermos nós próprios e não aquilo que outros querem que nós sejamos. Eu dou-me bem assim: sem aparências, sem falsos pudores ou mordomias.
Para a próxima vez já sei: Classe Turística. Já vi que a diferença não compensa, mesmo tendo alguém a pagar-me a viagem.
P.S. E também há gente que ressona na Classe Conforto. Diferenças?
1 comentário:
"que em nada difere da classe Turística, vulgar 2ª classe sem ser na oferta de jornais e de café)."
Há uma coisinha que sendo quase ridícula faz toda a diferença... A existência de tomadas eléctricas em Conforto... ;)
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