sexta-feira, 16 de abril de 2010

Todo o mundo e mais algum

Portugal é realmente um país à parte.

Temos de tudo: mini-tornados que rapidamente são transformados em trombas de água, escutas que envolvem o Primeiro-Ministro em questões de corrupção destruídas depois de serem usadas para combate mediático e político, candidatos a Presidente da República que esperam avidamente por apoios que não chegam e que já deviam ter chegado, túneis de estádios de futebol que alimentam os egos dos mais incautos na esperança de justificar a sua incompetência e mais outros exemplos de que seria um tormento estar a relembrar.

Hoje foi dia de debate na Assembleia da República entre o Primeiro-Ministro e a Oposição. José Sócrates enfrentou o terceiro líder de bancada do principal partido da oposição, enfrentou Paulo Portas, Louçã, Jerónimo e Heloísa Apolónia com a mesma celeridade do costume.

As regras estão feitas desde o início e quem as aprovou, que não se queixe agora. Para se ter uma ideia, o debate começou às 10 da manhã e eram 12h00, quando Jaime Gama dava por concluído o debate, onde se falou de preços de combustíveis e de bónus dos gestores.

Preços dos combustíveis e Bónus de Gestores são os principais problemas do país, segundo o que foi discutido hoje entre Governo e Oposição.

São estes os temas que mandam na agenda política que José Sócrates, sarcasticamente falou na sessão plenária de hoje.

Nem uma chamada para o desemprego, para o PEC, para o degradar da vida dos portugueses. É notório este afastamento: o sol vai aparecendo no meio das pingas da chuva e os pés já começam a andar à mostra neste Portugal descalço da sua própria identidade e força.

Sem comentários: