sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A crise que não existe

Expectativa própria de um Governo que gosta de propaganda e atenção foi o espectáculo (mais um) protagonizado pelo Ministro das Finanças, o tal que trabalha 24 horas por dia e de noite, se for preciso.
Talvez por trabalhar tanto, conseguiu atrasar mais uma vez a sua própria conferência de imprensa, talvez mostrando que tem poder para tal. Obviamente que o deixam.
E tanto suspense para quê? Para nada! Para dizer que vai usar as ínfimas leis que tem ao dispor para que o Orçamento não resvale ainda mais do que o previsto.

Na Assembleia, PS e restante oposição degladiam-se para saber quem terá os lucros sobre um endividamento máximo de 50 milhões de Euros das Regiões Autónomas. Açores e Madeira ficam à espera de saber se será uma decisão continental a alimentar ainda mais os estigmas que existem com as ilhas e com os dinheiros que lhes são atribuídos, sempre numa conjuntura de desenvolvimento regional.

O Ministro, entretanto, fazendo o beicinho característico deste Governo sempre que é verdadeiramente posto à prova, veio rapidamente afirmar que a culpa é dos outros, naquela característica tão típica e portuguesa de sacudir a água do capote e de quem vier atrás, que cuide do estrago.

O problema efectivo e real é mesmo esse: Não haver alguém que, ordeiramente e com sentido de responsabilidade, dê um murro na mesa e tente lutar por um país que há muito está junto ao lodo e à lama que os políticos o deixaram...

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