quarta-feira, 8 de junho de 2011

Sempre espectacular

O Bloco de Esquerda (BE) caíu nas últimas eleições. Foi uma queda "espectacular", como disseram muitos especialistas, já que o BE perdeu metade dos deputados que tinha na anterior legislatura.

Tudo o que se passa no BE é sempre espectacular. Ora foi a entrada na AR, ora foi a subida do número de deputados depois, a passagem a 4ª força política nacional nas últimas legislativas e a queda abrupta do último domingo. Sempre tudo em espectacular ou em termos muito similares.

Para além de tudo o que se passa no BE, as pessoas do BE também são espectaculares. Desde o Francisco Loução, ao Luís Fazenda, ao Daniel Oliveira, à Ana Drago, à Joana Amaral Dias, ao João Semedo, ao José Soeiro, é só gente espectacular e que encontra nos seus amigos jornalistas um apoio sempre espectacular.

Tudo no BE é um espectáculo. São as propostas políticas, que seguem sempre depois das do PCP e Verdes, são as declarações políticas sem conteúdo, é a própria linha de orientação política, que apresenta um vácuo verdadeiramente espectacular. Ou seja, não se sabe muito bem quais são as verdadeiras intenções, sem ser a ambição do poder.

Como um dos seus cabeças-de-lista nas últimas legislativas, o BE é um produto mediático e é verdade. Segundo a sua ideologia (?), muitas das suas propostas são ainda mais à esquerda do PCP, portanto, como é que existe tanta empatia pelo BE e tanto descrédito pelo PCP?

Porque é que o BE é sempre dos primeiros a reagir a isto ou aquilo? Porque razão são sempre chamados de "esquerda moderada", quando é precisamente o contrário? Porque são espectaculares. É a única razão para isso.

E como espectaculares que são, o seu fim também o será. Porque nunca se percebeu o que queriam e porque o balão que vinha enchendo estava perto da explosão e porque o ar agora para se encher terá de se ir buscar a outro lugar qualquer...